Ativistas ocupam trecho da praia contra obras do novo aterro da Praia de Iracema

Novo aterro deve avançar 80 metros dentro do mar, disponibilizando uma extensão total de 1,2 quilômetro

Cerca de 20 ativistas ambientais ocupam deste a noite deste sábado, 5, um trecho na faixa de areia na Beira Mar, em Fortaleza. A pauta dos manifestantes é contra a engorda do aterro da Praia de Iracema. Conforme o projeto, o novo aterro deve avançar 80 metros dentro do mar, disponibilizando uma extensão total de 1,2 quilômetro.
Por questão de segurança, os presentes preferiram não conceder entrevistas, mas enviar nota com posicionamento sobre a ocupação. No texto enviado ao O POVO Online, os ativistas listam uma série de reivindicações. Para além da paralisação das obras, solicitam: estudos conscientes sobre o impacto ambiental causado pela obra, inclusão das tartarugas marinhas no plano de monitoramento ambiental e um termo de ajustamento de conduta (TAC) em consonância com os mecanismos de compensação ambiental.
Ativistas ocupam trecho da praia em protesto contra engorda da Praia de Iracema
Ativistas ocupam trecho da praia em protesto contra engorda da Praia de Iracema(Foto: Fábio Lima)
“Nos manifestamos contrários a realização do aterro da Beira Mar, uma obra que não respeita o meio ambiente e a vida que habita esse ecossistema. Está desperdiçando R$ 70 milhões em um aterro que não trará solução para a erosão costeira e não é eficaz a médio e longo prazo”, diz a nota. 
Obras no aterro da Av. Beira mar.  (Foto: Fabio Lima/O POVO)
Obras no aterro da Av. Beira mar. (Foto: Fabio Lima/O POVO) (Foto: Fabio Lima)
No último domingo, 29 de setembro, um grupo de manifestantes também havia se reunido no local das obras para protestar contra a intervenção. Ativistas do Instituto Verde Luz, do movimento "Aterrar pra quê?" e do Greenpeace Fortaleza classificaram as obras como "um verdadeiro atentado contra a vida marinha de Fortaleza".
Em entrevista para a rádio O POVO CBN nesta semana, o titular da Secretaria Regional II, Ferruccio Feitosa, reforçou a importância da obra para a reurbanização da área e os estudos que foram realizados antes do início das intervenções - acompanhados pelo Ministério Público Federal (MPF).
FONTE: O POVO ONLINE

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