Seixas: O Ponto Mais Oriental das Américas pede socorro (PB)


A cidade de João Pessoa vai muito bem quanto ao quesito turistas que visitam – mas quanto a iniciativas de gestão para o turismo, não diria o mesmo. Várias administrações municipais vem adiando decisões fundamentais para a preservação de pontos importantes para o turismo. É o caso da barreira do Cabo Branco, e, também, do ponto mais oriental das Américas, que está localizado na praia do Seixas. 

A Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, seccional Paraíba, resolveu tocar na ferida. Promoveu uma mesa redonda nessa segunda-feira, 17, às 18h, no auditório do Hotel Hardman, em João Pessoa, para discutir o assunto. Estiveram presentes jornalistas, representantes da Sudema, PBTur, Sebrae, Guias de Turismo, Grupo Amigos da Barreira. Será elaborado um documento pedindo providências à Prefeitura Municipal de João Pessoa.


A praia do Seixas é uma extensão pequena, que há décadas está completamente abandonada pelos poderes públicos. As barracas não são padronizadas, o lixo está em todo lugar. Não há nenhum trabalho de contenção do avanço do mar e os barraqueiros tentam fazê-lo usando o que dispõem à mão. O resultado é feio de se ver. A ponta mais oriental das Américas, é propriedade particular!


Segundo informações da Associação dos Barraqueiros do Seixas um projeto foi aprovado pela prefeitura para a construção da Praça do Sol Nascente e a padronização de vinte bares, banheiros, além de iniciativas para o avanço do mar e proteção da barreira. Mas nada saiu do papel. Já se passaram quase vinte anos. 

Enquanto isso a praia do Seixas vem recebendo turistas do mundo inteiro atraídos pelas piscinas naturais recentemente descobertas pelos barqueiros que promovem passeios ao local. O lugar é fantástico: quem não foi, vá. E veja com seus próprios olhos que aquele paraíso merece muito mais.


A natureza foi pródiga em dotar a Paraíba de belezas indescritíveis, que em qualquer outro lugar do mundo estariam sendo reverenciadas. Dos quatro pontos extremos das Américas, o do Alasca, do Canadá e do Chile são inóspitos, de difícil acesso. O nosso está nos trópicos, para ser admirado e desfrutado com inteligência. A praia do Seixas precisa de ordenamento, de projetos de preservação e condições de oferecer dignidade aos que dali tiram seu sustento. Nós, povo sem memória, esquecemos que temos o que muitos queriam.

Fotos: Divulgação/Rosa Aguiar
Texto: Rosa Aguiar
Fonte: Paraiba Total

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