Audiência Pública discute erosão em Conceição da Barra mas não há luz no fundo do poço

Ainda não vai ser desta vez que o Ministério Público Federal (MPF) encontra um caminho curto para resolver o problema da erosão que está destruindo a praia da Guaxindiba, ao norte de Conceição da Barra. Pelo menos foi o resultado do final dos debates da audiência pública realizada quarta-feira pelo Ministério Público Federal, com entidades, sociedade organizada, e autoridades, inclusive do Governo do Estado, e do município.

A audiência aconteceu no auditório do Porto Marlim Hotel, de frente para o mar onde acontece o fenômeno da erosão, e foi presidida pelas procuradoras Walquiria Imamura Picoli e Carolina Augusta Rocha Rosado, mas uma coisa ficou clara: ainda não há uma definição de quando as obras vão ser iniciadas para pôr fim à erosão, já que o Governo do Estado, através do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) que realizou a primeira etapa das obras, na Bugia e centro, ainda não possui projeto definitivo.

Acrescido à essa indefinição, outros dois fatores dificultar o início da obras: a licença ambiental, pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), que deve demorar mais de seis meses para ser analisada e liberada, bem como um estudo de contrapartida do município, que não dispõe de recursos para formalizar parceria com o Governo, como admitiu o prefeito Jorginho Donati, presente à audiência.

Na verdade a audiência pública serviu mais para frustrar moradores, comerciantes e donos de pousadas e hotéis da Guaxindiba que deixaram o local depois de mais de 5h de debates incrédulos sobre quando na verdade saberão que não mais enfrentarão o problema.



O balde de água fria nas expectativas do público presente era um anúncio por parte do Governo do Estado de uma definição de quando a obra começaria e terminaria, mas o engenheiro Eduardo Manato Gimenes, do DER admitiu que "tudo ainda depende de estudos técnicos por parte do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), o mesmo que trabalhou no projeto de recuperação da orla, no centro, e da Bugia, que sofria do processo de erosão há mais de 20 anos.

Na verdade, não há luz no fundo do poço que defina uma previsão de solução do problema, e, enquanto isso, os moradores e comerciante, principalmente sofre com o processo de erosão que já provocou o fechamento do Hotel Praia da Barra, o maior do local, e ameaça restaurantes e pousadas.

Por: Jornal A Ilha

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