Ventos atrasam obras de engorda em Jaboatão (PE)

Quebra-mar foi fracionado para tornar a contenção  
mais eficiente. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Quebra-mar foi fracionado para tornar a contenção mais eficiente. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Faltando um quilômetro para ser concluída, a engorda da orla de Jaboatão enfrenta a sua maior paralisação. O serviço não avança há nove dias, em Piedade, por causa da força dos ventos, de acordo com a prefeitura. O trabalho pode ser retomado hoje, se houver melhores condições. A engorda está completa em Barra de Jangada e Candeias. Em Piedade, que corresponde à última parte, o trabalho já passa da metade. Ao todo, 5,8 km receberão o serviço. A obra custará R$ 41,8 milhões e deixará alguns trechos da beira-mar até 40 metros mais largos. A demora não deve afetar o custo nem o cronograma, que prevê o término no fim do mês. Contando com os imprevistos, os engenheiros incluíram no projeto uma margem de erro de 10% no tempo total (sete meses).

Ventos de dez nós (18,5 km/h) são apontados pelo secretário de Pavimentação e Drenagem de Jaboatão, Roberto Rocha, como o motivo do quinto atraso da obra. Os outros foram provocados por problemas no abastecimento da draga que bombeia a areia e as más condições do tempo. Esses ventos aumentam os riscos de quebra dos canos de aço durante o reposicionamento do sistema. Por isso, os engenheiros decidiram adiar o deslocamento dos tubos para a madrugada de hoje, causando mais um retardo. O ideal é que o sistema de 400 toneladas e 125 canos seja deslocado sob ventos de quatro nós.


“As obras pararam por motivo de segurança, devido às condições do vento e do mar. Não podemos correr o risco de um acidente (com os tubos) e, por isso, ter que passar uns dois meses só para corrigir essa falha. O serviço está em um ritmo satisfatório”, disse o secretário de Pavimentação e Drenagem de Jaboatão, Roberto Rocha. Em caso de ruptura em um dos pontos da tubulação, o gasto para corrigir o problema chegaria a R$ 400 mil.

Segundo moradores de Piedade, o atraso seria de três semanas, um motivo de desconfiança para o empresário Alberto Pereira, 62 anos, que mora no Edifício Porto dos Corais. A interrupção gerou boatos. “Algumas pessoas dizem que a draga quebrou, outras que há problemas com a licença ambiental ou com o pagamento de funcionários”, afirmou. “A ansiedade é tanta para que termine logo que bate a incerteza. Há 10 anos, havia 30 metros de areia aqui; hoje, nada”, disse.

Fonte: DP

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