Instituto de Pesquisas Hidroviárias estuda avanço do mar em Atafona (RJ)

Grupo de técnicos visitou Chapéu de Sol, Grussaí e conversou com pescadores

Grupo de técnicos visitou Chapéu de Sol, Grussaí e conversou com pescadores

                                                              Foto: Carlos Grevi/Divulgação
A equipe técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), vinculada à secretaria dos Portos do governo federal, esteve nesta quarta-feira (13/06), em São João da Barra, para conhecer de perto o fenômeno do avanço do mar no Pontal de Atafona. O órgão foi o mesmo que conseguiu resolver problemas semelhantes em Marataízes e Conceição da Barra, no Espírito Santo. E equipe fez a visita em companhia do deputado estadual Roberto Henriques, que, ao tomar conhecimento das obras nos dois municípios capixabas, procurou o INPH há quatro meses e, desde então, vem trocando informações e agora foi agendada a primeira de uma série de visitas.

O grupo esteve primeiro em Grussaí e Chapéu de Sol, atravessou as passarelas de acessibilidade e começou a buscar a compreensão sobre o fenômeno. No Pontal, onde fica a foz do rio Paraíba do Sul, cuja vazão para o mar tem sido menor a cada ano, conheceu as ruínas de casas e teve acesso a imagens antigas de quando o lugar era bem maior e começou a perder terra para o mar a partir da década de 60. Além disso, conversou com pescadores e trocou ideias que possam subsidiar o estudo, que vai levar de três a meses de novas visitas técnicas para o levantamento batimétrico de toda a área, mais 45 dias para elaborar o projeto, que será trabalhado, pretende o deputado Roberto Henriques, pelos governos municipal, estadual e federal. Ele também esteve com o presidente da Câmara, Aluísio Siqueira, e agendou encontro para esta própria quarta-feira com o prefeito José Amaro Martins, o Neco.

Pela parceria, os governos entrariam com fornecimento de embarcações e apoio logístico e o INPH com o conhecimento e a equipe técnica. O diretor do INPH, Domênico Accetta, acredita que a obra, só na parte costeira, dure um ano. “Atafona é uma demanda de estudos que requer muita avaliação técnica, muitos estudos”, disse. Ele ficou de voltar a entrar em contato com o deputado Roberto Henriques para apresentar os primeiros resultados do estudo.

“Esta é uma obra de grande porte, um fenômeno que chama a atenção em todo o país, e os técnicos do INPH não podem assegurar por enquanto, logicamente, mas acham viável uma intervenção. E como já dissemos, sonhar não é proibido, proibido é não tentar tornar o sonho realidade”, disse Roberto Henriques.

Além do diretor, visitaram o litoral sanjoanense também o engenheiro costeiro e o oceanógrafo do INPH, Valtair Paes Leme Pires e Rafael Bruno Paes Leme de Oliveira. O grupo esteve acompanhado de uma equipe da Defesa Civil Municipal.
 
Fonte: http://www.ururau.com.br

Comentários

Mais visitados