EROSÃO COSTEIRA NA CIDADE DA BEIRA: Concluída primeira barreira de protecção (Moçambique)

FOI concluída a primeira barreira de protecção da costa marítima da cidade da Beira, em Sofala, concretamente na zona do Grande Hotel. Tal projecto, que também inclui a construção de uma muralha de dois km a ser atravessada por 12 esporões (quebra-mar) na Praia Nova, atacou igualmente os primeiros 200 metros desta empreitada de grande vulto.
Maputo, Segunda-Feira, 6 de Maio de 2013:: Notícias

A obra, avaliada em 3250 mil dólares norte-americanos financiados pela Agência de Cooperação Suíça, contempla ainda a construção de três esporões de alta dimensão, visando essencialmente contribuir na redução do impacto ambiental da erosão costeira.

Tal problema ambiental já deitou abaixo algumas construções de alvenaria ao longo da zona marítima da Beira mormente nos periféricos bairros de Ponta-Gêa, Macúti e Estoril. Com efeito, segundo estudos recomendados pelos consultores portugueses da firma CONSUMAR, para a protecção costeira daquela urbe, estão a ser aplicados nestas obras pedregulhos trazidos directamente de Monte Siluvo, em Nhamatanda, para permitir que haja filtração de areia a ser depositada ao longo da margem marítima.

Numa avaliação preliminar do projecto, o vereador da área de Construção e Urbanização do Conselho Municipal da Beira, Albano Carrige, emitiu parecer favorável ao afirmar que, efectivamente, ao longo da costa marítima da capital provincial de Sofala já é visível a acumulação de areia, o que anteriormente era praticamente impensável.

Depois desta primeira fase do projecto que arrancou exactamente em Fevereiro passado até Junho próximo, pela construtora portuguesa Teixeira Duarte, conforme o previsto, o período subsequente que ligará entre Praia Nova e Estoril, está ainda dependente da mobilização de fundos estimados em 600 milhões de dólares norte-americanos.

Dados disponíveis indicam que para uma protecção integral dos cerca de 40km de toda a costa marítima da Beira são necessários entre 40 e 45 esporões e com uma muralha de dois quilómetros ambos avaliados em mais de 700 milhões de dólares. Assim, conforme apurámos junto daquela fonte, o presidente do Conselho Municipal da Beira, Daviz Simango, está envolvido nos últimos dias em negociações visando a obtenção de financiamentos junto de alguns parceiros de cooperação estrangeira, sobretudo provenientes da Europa.

Ambientalistas, entretanto, vaticinam mesmo algum cepticismo ao afirmar que caso não haja medida urgente para travar a progressiva erosão costeira na Beira, as mudanças climáticas vão ter impacto devastador na urbe, correndo inclusivamente o risco de desaparecer do mapa nos próximos 100 anos. Em face disso, funciona no município da Beira um sector específico para a mitigação destes efeitos, no âmbito de cooperação bilateral entre Moçambique e Alemanha.
 
Fonte:  http://macua.blogs.com

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