Editorial | Erosão costeira

À exceção da Bahia, com mais de 1 mil quilômetros de costa e apenas 26% do litoral em erosão, os demais Estados do Nordeste apresentam alta vulnerabilidade na linha de costa. O debate sobre os atuais problemas que atingiram Ponta Negra não pode ser contaminado pelo vírus eleitoral. A erosão costeira não é nenhuma novidade. Os registros atuais já estavam previstos há décadas. Hoje, sim, problema reconhecidamente grave, com repercussão no orçamento público e, mais grave ainda, na própria economia da capital que tem no turismo a principal fonte de geração de emprego e renda. Padrões inadequados de ocupação da linha costeira agravaram os problemas, apesar da vigilância dos órgãos ambientalistas, criticados e combatidos por interesses outros. A deriva litorânea é particularmente grave em toda a faixa costeira do Rio Grande do Norte e da Paraíba, mas só percebemos a perda de sedimentos para o continente quando é atingido algum empreendimento público ou privado, a partir da faixa urbana das cidades costeiras. Na vizinha Paraíba, por exemplo, a situação é alarmante, com quase 50% da costa ameaçada pela erosão. Em Pernambuco, a erosão marinha já atinge 33% das praias. Em relação a Natal ninguém deve temer revelar as causas do desequilíbrio ambiental.

Fonte: Diário de Natal

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