Preservação do cordão dunar de Gaia custou entre 4 e 5 milhões de euros (Portugal)

Foto: Arquivo Porto 24
Na “última dúzia de anos” foram investidos cerca de “4 ou 5 milhões de euros” na preservação do parque dunar do litoral de Gaia. A revelação foi feita, esta sexta-feira, pelo presidente da empresa municipal Parque Biológico de Gaia.

Nuno Oliveira, que falava a propósito dos 20 anos do programa comunitário ambiental LIFE, referiu que a verba serviu também para realizar iniciativas de divulgação e de sensibilização da população para a importância da preservação do ecossistema dunar.

“Na altura da aprovação da nossa candidatura ao programa LIFE, intitulada ‘Dunas: conhecer e preservar’, o acesso às praias fazia-se de forma desordenada e os estragos eram visíveis. De então para cá, foram realizados trabalhos de vedação e de estabilização que alteraram por completo a paisagem”, referiu.

Segundo explicou, as dunas são fundamentais para travar o avanço do mar e são também o habitat de muitas espécies de animais e vegetais.

“Neste momento, o cordão dunar de Gaia, que se estende por cerca de 15 quilómetros, está, todo ele, com estruturas de protecção instaladas e conservado através de passadiços elevados em madeira, para impedir a passagem das pessoas. Foram também colocados regeneradores que ajudam a fixar e permitem acumular areia para aumentar o volume da duna”, acrescentou Nuno Oliveira.

Uma das acções desenvolvidas no âmbito do programa Life, que o responsável salientou, foi a criação de um percurso de descoberta do litoral, desde o estuário do Douro até à Reserva Natural de S. Jacinto, em Aveiro.

“O balanço que fazemos deste trabalho é muito positivo, deve ser dos poucos projectos LIFE que 15 anos depois continua a funcionar. Continuamos a fazer os percursos com escolas, os materiais editados continuam a circular e a acção concreta de conservação de dunas de Gaia ampliou-se imenso”, afirmou.

O programa LIFE foi “uma excelente experiência de arranque deste trabalho, na sua dupla componente de elemento natural de defesa do continente através do controlo de avanço do mar e também de corredor importantíssimo da biodiversidade”, acrescentou.
 
Fonte: http://porto24.pt

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