Para evitar a erosão, é só não interferir

Não é possível prever os estragos que uma forte ressaca pode causar. Também é impossível evitar que fenômenos como as chamadas marés astronômicas, influenciadas pela lua e pelo sol, e marés meteorológicas, que são causadas pelas frentes frias, aconteçam. Uma das poucas soluções para evitar os prejuízos é evitar as construções em faixas de areia e em áreas próximas ao mar.

Mas como o desenvolvimento urbano já atingiu a costa, agora é preciso urgência. E não sairá barato. Dois dos recursos mais utilizados são a recomposição da faixa de areia, por meio de aterros – quando a areia é extraída de um local e depositada em outro – e a construção de molhes, como vem ocorrendo em Piçarras. Mas estes métodos são questionados.

Para os pesquisadores, qualquer obra costeira, como molhes, espigões e quebra-mares interfere em alguma forma na vida e geografia marinha e deveria ser considerada como o último recurso na tentativa de evitar os processos erosivos. Os muros de contenção, que são levantados muitas vezes pelos próprios moradores têm, segundo os especialistas, pouca ou nenhuma eficácia a médio e longo prazos. A quebra das ondas nestas estruturas continua removendo a areia da base e a erosão é certa.
 
Fonte:  http://www.clicrbs.com.br

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