Semsur vai firmar parceria com a UFRN para estudar avanço do mar (RN)

A Prefeitura do Natal, por intermédio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), vai firmar parceria com os Departamentos de Geografia e Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para monitorar o comportamento do oceano na costa de Natal. De acordo com os pesquisadores, as correntes marítimas mudam com o vento e com a salinidade e, já que a maré é cíclica, é preciso conhecer seu ritmo para moldar o mar.

A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (01) na sede da Semsur após uma reunião com técnicos, engenheiros e estudiosos das secretarias municipais de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde), além do Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Luis Antônio Lopes e do Presidente da Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município do Natal (Arsban), Elias Nunes junto com pesquisadores da UFRN e representantes do Conselho Regional Engenharia Arquitetura Agronomia (Crea/RN) e do Comitê Orla de Natal.

“Vamos agora definir os trâmites desta parceria. A UFRN vai oferecer os equipamentos de estudos no oceano, em contrapartida a Prefeitura vai ofertar bolsas de estudos. Vamos buscar, também, ajuda da Marinha do Brasil para fornecer os barcos para o transporte dos estudantes, pesquisadores e professores”, esclareceu o secretário Luis Antônio.

A reunião também teve a presença do engenheiro costeiro holandês, Berry Elfrink, que se ofereceu para participar do encontro oferecendo informações e experiências de situações semelhantes ocorridas na Europa. O especialista em técnicas que envolvem água sugeriu que durante as obras de recuperação, que estão sendo realizadas atualmente no calçadão de Ponta Negra nos pontos atingidos pela força do mar, seja feito um reforço com sacos de areia para enfrentar a ressaca prevista para o próximo dia 8 de março, com previsão de 2.6.

Ficou a cargo de a Semurb orientar de onde a areia deverá ser retirada antes de ser ensacada e colocada em Ponta Negra, principalmente nos pontos que não foram prejudicados pelo avanço do mar. A retirada da areia da própria praia, como os comerciantes e ambulantes vem realizando, não é recomendada já que prejudica a ação natural do mar. “É uma medida paliativa que precisa ser tomada neste momento, mas estamos enfocados numa solução definitiva para este problema ocasionado pela natureza”, disse o secretário Luis Antônio.

Segundo o engenheiro holandês, a direção das ondas está mudando em todo o mundo devido às mudanças climáticas, com isso aumenta também a freqüência das ressacas. Ele ressaltou a importância dos estudos como os que estão sendo adotados pela Semsur para que o problema seja solucionado com base científica e tecnológica aliada a engenharia. O grupo volta a se reunir antes da maré alta da próxima quinta-feira (08).


Fonte: Jornal O Público

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