RECUPERAÇÃO DA PRAIA DO ICARAÍ APÓS A CONSTRUÇÃO DO BAGWALL

A população de Caucaia volta a sorrir na praia do Icaraí, no trecho onde foi construído mais de 1.000 metros do Barra Mar Dissipador de Energia Bagwall,  ocorreu à engorda natural da praia, trazendo de volta a esperança de dias melhores para as atividades do comércio, do turismo, do setor imobiliário e do lazer.

 Foto 1 – Bagwall: Praia do Icaraí recuperada e disponível ao lazer.

Após seis meses da construção do dissipador de energia a praia já ganhou uma faixa de areia com mais de 100 metros, ocorrendo à formação natural da berma e a reconstituição da flora marinha local (Salsa de praia, Capim de praia). A praia ganhou vida, coisa que há mais de quinze anos só se via por aqui pedras, escombros, e rastros de destruição das tentativas frustradas de conter o avanço do mar.

Foto 2 – Bagwall: Reconstituição da flora marinha no local – Salsa de praia.

 O Ceará é o primeiro estado do Brasil fora de Alagoas a utilizar essa tecnologia americana de sucesso no combate à erosão costeira. Enquanto em Alagoas a recuperação da praia levou quatro anos devido à existência de recifes naturais, os resultados rápidos obtidos na recuperação da praia do Icaraí são atribuídos principalmente, a inexistência de recifes ou quebra-mares dentro do mar, facilitando o fluxo de sedimentos à praia.


Foto 3 – Bagwall: Faixa de praia recuperada com mais de 100 metros.

 
A obra do Icaraí é a quarta obra realizada no Brasil utilizando essa tecnologia em condições geográficas, geológicas, morfológicas e hidrodinâmicas distintas, onde o resultado final foi exatamente o mesmo: Contenção do avanço do mar sem transferir o processo erosivo para áreas adjacentes; recuperação do perfil de praia com a engorda natural e a facilidade de acesso da população da praia a praia recreativa, com isso, pode-se afirmar que esta solução de engenharia é talvez a menos impactante no caótico ambiente costeiro, ou seja, ela promove a recuperação ecológica da praia.

 Foto 4 – Bagwall: Formação natural da berma.

Antes de escolher qual a solução de engenharia deve ser utilizada na obra de proteção costeira, é necessário verificar se a obra que está sendo proposta já foi utilizada em outro local, há quanto tempo ela está funcionando, qual a sua durabilidade, qual o custo de manutenção, qual o impacto ambiental após a sua implantação, sem a utilização desses critérios para escolha da obra de engenharia, corre-se um sério risco de perder todo o investimento feito na obra.

Com uma durabilidade de até trinta anos para esse tipo de obra, nas duas primeiras obras construídas no Brasil a mais de oito anos, nenhum centavo foi gasto com manutenção.

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