Santos cria comissão de estudos para a maré alta (SP)
As soluções definitivas não são tão simples. Promover obra em área de marinha é bastante complexo
Ressaca atingiu a região desde quinta-feira
(Foto:Carlos Nogueira /A Tribuna)
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A Prefeitura de Santos criou uma comissão para conhecer exemplos adotados em outras cidades que sofrem com ressacas e elevação da maré, e definir medidas a adotar. O trabalho será coordenado pelo chefe de Gabinete, Rogério Pereira dos Santos, que pretende marcar um seminário do tema para a segunda quinzena de outubro.
“Tanto a barra do Porto quanto a área da praia pertencem ao Governo Federal. São soluções conjuntas, bastantes complexas, e não cabem só a Prefeitura. Vamos liderar essa conversa, mas a decisão e as ações terão de ser compartilhadas, pois envolvem, também, licenciamento ambiental”, explica.
Rogério Santos pretende convocar engenheiros, arquitetos e membros dos ministérios Público Estadual e Federal. “As soluções definitivas não são tão simples. Promover obra em área de marinha é bastante complexo. Ainda mais na entrada e na saída do maior porto da America Latina”.
Codesp
A Codesp informa que tanto o programa ambiental instituído na fase de licenciamento ambiental para a dragagem quanto o Programa de Monitoramento do Perfil Praial identificaram que a frequência de ressacas aumentou nas últimas cinco décadas. Como principais causas para a elevação do número de registros, a partir de 2001, mecanismos e processos naturais associados às mudanças climáticas e à elevação do nível relativo do mar.
Santos Novos Tempos
Esperança para o fim das enchentes na Zona Noroeste, o programa Santos Novos Tempos teve contrato oficialmente encerrado em agosto. Quase 80% das obras de macrodrenagem não foram concluídas. A Prefeitura não tem previsão de quando o calendário de intervenções será refeito.
Conforme a Administração, a rescisão do consórcio encabeçado pela Terracom Construções e pela Mendes Júnior Trading e Engenharia foi amigável. Ocorreu uma semana após A Tribuna publicar reportagem em que aponta que o Banco Mundial, principal financiador das intervenções, reprovou o Santos Novos Tempos.
A instituição financeira não quis renovar o financiamento e apontou que os indicadores de desempenho das intervenções na Zona Noroeste não eram considerados satisfatórios.
No relatório, o banco afirmou que apenas 10% das intervenções previstas para a primeira etapa do projeto foram tiradas do papel até junho de 2015, com custo final de R$ 36,2 milhões. Um ano depois, a Prefeitura calcula que apenas 22,3% dos serviços foram concluídos.
Fonte: A Tribuna
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