‘Da Europa para o Minho’ passando por Esposende (Portugal)


 Num dia importante para Esposende com a inauguração da requalificação da frente marítima de S. Bartolomeu do Mar, o presidente da Câmara, Benjamim Pereira, falou desta 'obra excepcional', mas também de outras em curso e, sobretudo, do mar como oportunidade, em entrevista ao programa 'Da Europa para o Minho' emitido, ontem, pela Rádio Antena Minho, em que o autarca respondeu às perguntas do director do grupo 'Arcada Nova', Paulo Monteiro, e do eurodeputado, José Manuel Fernandes. A pretexto da obra ontem inaugurada pelo Presidente da República, o edil esposendense falou dos graves problemas de erosão costeira no concelho e dos efeitos do Inverno 'muito difícil' de 2013 e 2014.

A intervenção em S. Bartolomeu do Mar é apenas uma das previstas no quadro do Polis Litoral Norte e o que a diferencia foi o facto de terem sido demolidas 27 construções e que marca, segundo Benjamim Pereira, o 'recuo da ocupação humana face ao avanço do mar'.


O eurodeputado José Manuel Fernandes, por seu turno, vê nesta obra 'um exemplo do aproveitamento de fundos europeus que comparticipam 70 por cento do investimento'.

O presidente da Câmara de Esposende reconhece: 'sem fundos comunitários não conseguiríamos fazer nada disto, seria uma guerra perdida logo à partida face às alterações climáticas' e reforça que 'os fundos comunitários são determinantes e serão no futuro concerteza'.

Na entrevista ao programa 'Da Europa para o Minho', Benjamim Pereira dá conta de outra obras em curso. Concluída e pronta a inaugurar está a requalificação da frente ribeirinha de Fão.

Na mesma localidade, está a ser executada a 2.ª fase em Ofir depois da intempérie que destruiu a praça entre o Hotel Ofir e as torres. A 3.ª fase desta obra avança em oito/15 dias, anuncia o edil, que explica que ela dá continuação à protecção até ao primeiro esporão.

Consignada também, mas a aguardar até Junho, por questões ambientais relacionadas com a nidificação das aves, está a intervenção na restinga, outra obra que se aproxima dos três milhões de euros e que prevê a consolidação de todo o cordão dunar da restinga.

São obras que evidenciam o grande esforço financeiro por parte do Estado, do município e de fundos comunitários, mas o autarca de Esposende avisa também que o processo erosivo é contínuo e “a nossa atenção vai ter que ser permanente e não tem fim à vista”.

Benjamim Pereira reconhece que, hoje, os instrumentos de planeamento não permitem situações como as torres de Ofir. Por isso, “temos que aproveitar todos os outros recursos” ligados ao mar e o caminho é no sentido de uma economia do mar, mas o município, por si só, não a consegue gerar, é preciso uma estratégia nacional, apela.

Uma das vez, os fundos comunitários são determinantes, admite o edil de Esposende.

Nesta matéria, José Manuel Fernandes antecipa uma nova oportunidade com o ‘Plano Juncker’ onde poderá haver apoio para uma possível plataforma de investimento para o mar, onde se juntassem privados. “Portugal é muito maior do que o que se pensa e em termos geoestratégicos tem uma grande importância” realça o eurodeputado.

Fonte: correiodominho.com

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