Contenção do avanço do mar em Atafona é viável (RJ)
INPH apresentou projeto que já foi desenvolvido com sucesso em outros pontos do litoral brasileiro.
“A recuperação da orla de Atafona é possível e viável”. A declaração é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), o engenheiro Domenico Accetta. O projeto conceitual foi apresentando na última terça-feira, 12, no auditório da prefeitura e contou com a presença do prefeito José Amaro de Souza Neco e de vereadores e secretários. Segundo Accetta, o projeto final deve ser entregue dentro de cinco meses e a previsão é que a obra seja orçada entre R$ 140 e 180 milhões.
Para referendar a sua ideia, Domenico Accetta mostrou casos similares onde o INPH conseguiu recuperar, como Marataízes e, principalmente, Conceição da Barra, que também é um pontal, ambas no Espírito Santo. O engenheiro também apresentou detalhes do projeto inicial. A princípio seriam recuperados quatro quilômetros de praia, no sentido Atafona -Grussai, e aumentada a faixa de areia em cerca de 100 metros.
“Realizamos um estudo sobre a viabilidade de um projeto que possa conter o processo de avanço do mar em Atafona, na foz do rio Paraíba do Sul. O projeto é complexo devido aos diferentes locais de erosão e assoreamento na foz, mas é totalmente viável. Foram dias de trabalho que vão valer a pena”, ressaltou Domenico.
Segundo o prefeito José Amaro de Souza Neco, esta nova possibilidade renova a esperança dos moradores de Atafona.
“A recuperação da orla de Atafona é possível e viável”. A declaração é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), o engenheiro Domenico Accetta. O projeto conceitual foi apresentando na última terça-feira, 12, no auditório da prefeitura e contou com a presença do prefeito José Amaro de Souza Neco e de vereadores e secretários. Segundo Accetta, o projeto final deve ser entregue dentro de cinco meses e a previsão é que a obra seja orçada entre R$ 140 e 180 milhões.
Para referendar a sua ideia, Domenico Accetta mostrou casos similares onde o INPH conseguiu recuperar, como Marataízes e, principalmente, Conceição da Barra, que também é um pontal, ambas no Espírito Santo. O engenheiro também apresentou detalhes do projeto inicial. A princípio seriam recuperados quatro quilômetros de praia, no sentido Atafona -Grussai, e aumentada a faixa de areia em cerca de 100 metros.
“Realizamos um estudo sobre a viabilidade de um projeto que possa conter o processo de avanço do mar em Atafona, na foz do rio Paraíba do Sul. O projeto é complexo devido aos diferentes locais de erosão e assoreamento na foz, mas é totalmente viável. Foram dias de trabalho que vão valer a pena”, ressaltou Domenico.
Segundo o prefeito José Amaro de Souza Neco, esta nova possibilidade renova a esperança dos moradores de Atafona.
“Estamos torcendo muito para que dê certo. Nós sabemos quantas pessoas perderam casas em Atafona. Esse projeto renova a esperança da população. Sempre pedimos ajuda para resolver a situação, mas não tínhamos um projeto para apresentar. Agora, com esse excelente trabalho do INPH vamos buscar os recursos nas esferas estadual e federal para darmos início a esta nova etapa”, ressaltou.
Processo erosivo - As primeiras observações do processo erosivo foram há 40 anos. O mar avança sobre a cidade desde os anos 70 e vem destruindo ruas inteiras. O problema foi intensificado com a falta de pressão do volume de água do rio Paraíba do Sul, que corta a cidade de São João da Barra a caminho do mar.
Processo erosivo - As primeiras observações do processo erosivo foram há 40 anos. O mar avança sobre a cidade desde os anos 70 e vem destruindo ruas inteiras. O problema foi intensificado com a falta de pressão do volume de água do rio Paraíba do Sul, que corta a cidade de São João da Barra a caminho do mar.
O técnico em Turismo, André Pinto atuou como colaborador do projeto “Erosão de Atafona”, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo André, o distrito tem características peculiares que fazem com que ali sejam sentidas estas transformações mais drásticas.
“A forte dinâmica das correntes marinhas, a formação geológica e por ser o ponto de tensão dos ventos vindos do nordeste, além da construção irregular nas faixas do rio e do mar, fazem com que Atafona viva este problema com tanta intensidade”, disse.
A ruína mais impactante de Atafona é o “hotel do Julinho”. Construído pelo empresário Júlio Ferreira da Silva em 1973, o empreendimento também foi uma mercearia. O jornalista João Noronha, no livro “Uma Dama Chamada Atafona”, descreve o prédio como “o primeiro supermercado da cidade, dotado de bar, padaria e lanchonete”. Na parte superior, foram construídos 48 apartamentos com suítes em três andares. O prédio veio abaixo em abril de 2008, numa nova aproximação do mar. Ninguém se feriu. Meses antes a Defesa Civil Municipal havia interditado o local.
Segundo os moradores mais antigos, o avanço do mar acontece desde os anos 70. Estima-se que o mar avançou sobre cinco ruas, totalizando cerca de 500 casas. Isso equivale, pelos cálculos da prefeitura, a 40 campos de futebol. “O mar avança cerca de três metros por ano”, diz André Pinto. Tanto que o mar é proibido para o banho devido à presença de vergalhões e restos de construções escondidas sob as águas barrentas. “A cor, aliás, em nada tem a ver com poluição – é pela vizinhança com o rio”, ressaltou.
“A forte dinâmica das correntes marinhas, a formação geológica e por ser o ponto de tensão dos ventos vindos do nordeste, além da construção irregular nas faixas do rio e do mar, fazem com que Atafona viva este problema com tanta intensidade”, disse.
A ruína mais impactante de Atafona é o “hotel do Julinho”. Construído pelo empresário Júlio Ferreira da Silva em 1973, o empreendimento também foi uma mercearia. O jornalista João Noronha, no livro “Uma Dama Chamada Atafona”, descreve o prédio como “o primeiro supermercado da cidade, dotado de bar, padaria e lanchonete”. Na parte superior, foram construídos 48 apartamentos com suítes em três andares. O prédio veio abaixo em abril de 2008, numa nova aproximação do mar. Ninguém se feriu. Meses antes a Defesa Civil Municipal havia interditado o local.
Segundo os moradores mais antigos, o avanço do mar acontece desde os anos 70. Estima-se que o mar avançou sobre cinco ruas, totalizando cerca de 500 casas. Isso equivale, pelos cálculos da prefeitura, a 40 campos de futebol. “O mar avança cerca de três metros por ano”, diz André Pinto. Tanto que o mar é proibido para o banho devido à presença de vergalhões e restos de construções escondidas sob as águas barrentas. “A cor, aliás, em nada tem a ver com poluição – é pela vizinhança com o rio”, ressaltou.
Fonte: Prefeitura de São João da Barra
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