Mais 40 m de praia em Boa Viagem (Recife - PE)
Intervenções na orla serão feitas num trecho da Avenida Armindo Moura à Rua Bruno Veloso
O "paredão" de pedras que contém o avanço do mar será eliminado e os banhistas ganharão mais espaço |
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos, serão utilizadas quatro jazidas de areia localizadas nas proximidades do Cabo de Santo Agostinho, seguindo a mesma lógica da engorda em Jaboatão. “Nós já estamos com uma licença prévia da CPRH e logo que os recursos forem liberados iremos licitar a obra”, reforçou o secretário da pasta, Nilton Mota. Em nota, o Ministério da Integração Nacional informou que o estudo técnico referente à orla de Boa Viagem se encontra em análise.
Para o secretário Nilton Mota, mesmo sem a engorda da praia a situação da orla de Boa Viagem não é crítica. O município desembolsa quase R$ 2 milhões por ano para fazer a manutenção do enrocamento. “A situação do Recife não é vista como emergencial pelo Ministério da Integração, por conta da manutenção que vem sendo feita, ao contrário do que ocorreu em Jaboatão”.
O estudo para elaboração do projeto de recuperação inclui a estimativa de variação média da maré nos próximos 50 anos. “É importante que a praia seja recuperada. Mesmo que não seja uma situação de emergência, as pedras protegem apenas o patrimônio, mas tiram a praia do banhista”, ressalta o professor do Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha, Valdir Manso. O processo de erosão marinha em Boa Viagem, segundo os especialistas, teve início na década de 1990. O primeiro trecho a sofrer erosão tinha menos de 500 m. Hoje o paredão de pedras se estende por 3 km.
Em Paulista, o projeto para a engorda não foi elaborado. O município recebeu recursos do governo federal para obras emergenciais de contenção, de R$ 14 milhões para 2 km. Olinda, que praticamente não tem faixa de areia, está protegida por paredões e tem pouca praia para os banhistas, enquanto a engorda não chega.
Fonte: DP
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