Avanço e recuo do mar em discussão (RJ)
Mesmo com os constantes avanços e recuos do mar em Atafona, em São João da Barra (SJB), as perdas imobiliárias continuam sendo contabilizadas. Porém, as obras de contenção estão momentaneamente descartadas pelas autoridades, que acompanham o processo erosivo na praia. Um estudo pedido à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2008, pelo Ministério Público Federal (MPF), a partir de uma ação civil pública movida pelo artista plástico Jair Vieira, apontou que seria mais econômico desapropriar a região sob ataques das ondas que construir obras de proteção ao longo da área.
De acordo com Jair Vieira, o mar começou a avançar em 1967 e em 2008, ele conseguiu colher 1.300 assinaturas para que sejam realizadas obras de contenção no local. Segundo informações, ele chegou a protocolar o pedido, junto com as assinaturas, no MPF, em Campos, onde processo passou pelo governo do Estado do Rio de Janeiro e Brasília, no Ministério da Integração Social.
— Moro em Atafona há 28 anos. Meses após a entrada do processo, recebi uma carta do governador Sérgio Cabral informando que teria recebido o meu pedido e que enviaria o documento para Brasília. Pouco tempo depois, recebi um documento de Brasília, relatando que após o estudo da UFRJ, as obras seriam enviáveis no local. Depois disso, desisti de “brigar” na justiça por conta desse problema e resolvi assistir essa modificação da natureza — destacou o artista plástico.
O aposentado Heitor Gonçalves, de 77 anos, morador de Atafona há 50 anos, informou que várias pessoas deixaram de residir na área devido aos avanços e recuos do mar. De acordo com ele, nunca houve um interesse por parte da prefeitura, em ressarcir os prejuízos dos moradores ou viabilizar a mudança daqueles que residem em áreas de risco. “Não podemos lutar contra a natureza. Mesmo com essa situação, jamais pensei em mudar daqui. Neste lugar construí minha família e hoje crio os meus netos. A prefeitura deveria ter interesse em ajudar as pessoas que ainda residem neste lugar. Não podemos ficar refém da natureza”, disse o aposentado.
O carpinteiro João Batista Pessanha, de 58 anos, que mora em Atafona há 20 anos, disse que os moradores vivem apreensivos no local, com as constantes mudanças no mar. “A gente se sente inseguro, mas gostamos de morar aqui. Ainda sonhamos com a instalação de um quebra-mar, para que possamos dormir tranquilos aqui”, relatou.
Dulcides Netto
De acordo com Jair Vieira, o mar começou a avançar em 1967 e em 2008, ele conseguiu colher 1.300 assinaturas para que sejam realizadas obras de contenção no local. Segundo informações, ele chegou a protocolar o pedido, junto com as assinaturas, no MPF, em Campos, onde processo passou pelo governo do Estado do Rio de Janeiro e Brasília, no Ministério da Integração Social.
— Moro em Atafona há 28 anos. Meses após a entrada do processo, recebi uma carta do governador Sérgio Cabral informando que teria recebido o meu pedido e que enviaria o documento para Brasília. Pouco tempo depois, recebi um documento de Brasília, relatando que após o estudo da UFRJ, as obras seriam enviáveis no local. Depois disso, desisti de “brigar” na justiça por conta desse problema e resolvi assistir essa modificação da natureza — destacou o artista plástico.
O aposentado Heitor Gonçalves, de 77 anos, morador de Atafona há 50 anos, informou que várias pessoas deixaram de residir na área devido aos avanços e recuos do mar. De acordo com ele, nunca houve um interesse por parte da prefeitura, em ressarcir os prejuízos dos moradores ou viabilizar a mudança daqueles que residem em áreas de risco. “Não podemos lutar contra a natureza. Mesmo com essa situação, jamais pensei em mudar daqui. Neste lugar construí minha família e hoje crio os meus netos. A prefeitura deveria ter interesse em ajudar as pessoas que ainda residem neste lugar. Não podemos ficar refém da natureza”, disse o aposentado.
O carpinteiro João Batista Pessanha, de 58 anos, que mora em Atafona há 20 anos, disse que os moradores vivem apreensivos no local, com as constantes mudanças no mar. “A gente se sente inseguro, mas gostamos de morar aqui. Ainda sonhamos com a instalação de um quebra-mar, para que possamos dormir tranquilos aqui”, relatou.
Dulcides Netto
Fonte: http://www.fmanha.com.br
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