Nível do mar deve subir no máximo 69 centímetros até 2100
Nas últimas décadas, muitos estudos foram desenvolvidos para estimar o quanto o nível do mar irá subir no próximo século, e algumas projeções chegaram a apontar para uma elevação de até dois metros. Mas um novo estudo do grupo de cientistas Ice2sea publicado nesta terça-feira sugere que o nível dos oceanos pode aumentar menos do que se esperava.
A pesquisa, intitulada ‘From Ice to High Seas’, indica que o nível do mar deve subir entre 16,5 e 69 centímetros até o final do século, sendo que, dessa variação, entre 3,5 e 36,8 centímetros devem vir do derretimento de geleiras e entre 13 e 32 centímetros devem ser provenientes da expansão da água do mar.
“Esse é nosso melhor palpite. Estamos confiantes de que essas são as melhores projeções disponíveis”, colocou David Vaughan, do Centro Britânico de Pesquisas Antárticas, à NewScientist. A estimativa é muito menor do que os números apresentados por diversas análises recentes. “Isso é uma boa notícia”, observou Vaughan à Reuters em uma entrevista por telefone.
Os dados do novo estudo se aproximam dos números divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007, por exemplo, que apontavam para uma elevação de entre 18 e 59 centímetros até 2100, embora posteriormente o painel tenha aumentado suas estimativas.
No entanto, o cientista admitiu que ainda é uma projeção preocupante, e essa elevação é suficiente para mudar radicalmente os ambientes costeiros nessa geração. “69 centímetros é um impacto bem real... muda a frequência das enchentes significativamente”, explicou o pesquisador.
Análises anteriores também estimavam a elevação do nível dos oceanos, mas não sabiam precisar exatamente quais fenômenos contribuíam para isso, e nem o quanto cada um deles contribuía.
Para resolver essa questão, o grupo desenvolveu modelos muito mais sofisticados para simular como as mudanças afetam o mar, e como o nível dos oceanos, por sua vez, afeta as geleiras. Os modelos apontaram que o aquecimento do mar tem uma grande influência na quantidade de gelo que é perdida. Além disso, as projeções sugerem que, embora a elevação seja menor do que o esperado, ele deve continuar por muitos séculos.
Nos últimos cem anos, o nível do mar subiu 17 centímetros, e a taxa de elevação atualmente está em mais de três milímetros por ano. Desse aumento, mais de um terço se deve ao derretimento de geleiras na Antártica e na Groenlândia.
Essa elevação deve causar não apenas transformações para os ecossistemas, mas também para o ser humano. Uma comissão alemã que apoia iniciativas para conter o avanço do mar, por exemplo, alertou que vai gastar mais de US$ 130 bilhões para fortalecer diques e outras barreiras.
Alguns cientistas não envolvidos no estudo do Ice2sea, contudo, acreditam que as estimativas da nova pesquisa são muito conservadoras. “Acredito que os números estão baixos demais”, comentou Dorthe Dahl-Jensen, especialista em gelo e professora do Instituto Niels Bohr em Copenhagen, à Reuters.
Dados preliminares de um documento do IPCC que deve ser lançado em setembro indicam que o aumento do nível do mar deve ficar entre 29 e 82 centímetros até o final desse século, um pouco acima das estimativas do relatório anterior e do estudo do Ice2sea.
A pesquisa, intitulada ‘From Ice to High Seas’, indica que o nível do mar deve subir entre 16,5 e 69 centímetros até o final do século, sendo que, dessa variação, entre 3,5 e 36,8 centímetros devem vir do derretimento de geleiras e entre 13 e 32 centímetros devem ser provenientes da expansão da água do mar.
“Esse é nosso melhor palpite. Estamos confiantes de que essas são as melhores projeções disponíveis”, colocou David Vaughan, do Centro Britânico de Pesquisas Antárticas, à NewScientist. A estimativa é muito menor do que os números apresentados por diversas análises recentes. “Isso é uma boa notícia”, observou Vaughan à Reuters em uma entrevista por telefone.
Os dados do novo estudo se aproximam dos números divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007, por exemplo, que apontavam para uma elevação de entre 18 e 59 centímetros até 2100, embora posteriormente o painel tenha aumentado suas estimativas.
No entanto, o cientista admitiu que ainda é uma projeção preocupante, e essa elevação é suficiente para mudar radicalmente os ambientes costeiros nessa geração. “69 centímetros é um impacto bem real... muda a frequência das enchentes significativamente”, explicou o pesquisador.
Análises anteriores também estimavam a elevação do nível dos oceanos, mas não sabiam precisar exatamente quais fenômenos contribuíam para isso, e nem o quanto cada um deles contribuía.
Para resolver essa questão, o grupo desenvolveu modelos muito mais sofisticados para simular como as mudanças afetam o mar, e como o nível dos oceanos, por sua vez, afeta as geleiras. Os modelos apontaram que o aquecimento do mar tem uma grande influência na quantidade de gelo que é perdida. Além disso, as projeções sugerem que, embora a elevação seja menor do que o esperado, ele deve continuar por muitos séculos.
Nos últimos cem anos, o nível do mar subiu 17 centímetros, e a taxa de elevação atualmente está em mais de três milímetros por ano. Desse aumento, mais de um terço se deve ao derretimento de geleiras na Antártica e na Groenlândia.
Essa elevação deve causar não apenas transformações para os ecossistemas, mas também para o ser humano. Uma comissão alemã que apoia iniciativas para conter o avanço do mar, por exemplo, alertou que vai gastar mais de US$ 130 bilhões para fortalecer diques e outras barreiras.
Alguns cientistas não envolvidos no estudo do Ice2sea, contudo, acreditam que as estimativas da nova pesquisa são muito conservadoras. “Acredito que os números estão baixos demais”, comentou Dorthe Dahl-Jensen, especialista em gelo e professora do Instituto Niels Bohr em Copenhagen, à Reuters.
Dados preliminares de um documento do IPCC que deve ser lançado em setembro indicam que o aumento do nível do mar deve ficar entre 29 e 82 centímetros até o final desse século, um pouco acima das estimativas do relatório anterior e do estudo do Ice2sea.
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/
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