Calçadão de PN (Natal - RN) receberá 400 sacos de areia especiais para conter marés
A solução provisória e emergencial para conter a força das marés no calçadão de Ponta Negra é uma velha conhecida dos proprietários de quiosques e hotéis na orla. A partir de hoje, serão colocados 400 sacos de areia para evitar que os detritos se espalhem e que novas marés altas destruam ainda mais a estrutura já deteriorada. Na semana que vem chegam mais 3 mil sacos, fornecidos pela empresa Big Bag do Nordeste. Outra frente - formada por garis da Urbana, atua na limpeza da praia. Ontem uma comissão formada por três secretarias municipais (Obras, Serviços Urbanos e Turismo), dois fuzileiros navais e a direção local da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RN), fez uma visita ao calçadão de Ponta Negra.
Foi uma tentativa de dar pronta-resposta à reunião de quarta-feira com a prefeita Micarla de Sousa (PV), que pediu a seus auxiliares soluções a curto, médio e longo prazo para o problema. Após a vistoria, os representantes se reuniram no Hotel Praiamar, próximo ao calçadão. Foi definida a operação: as Big Bags serão colocadas numa profundidade de aproximadamente 50 centímetros. Dai serão enchidas e fechadas. O trabalho será iniciado com uma escavadeira e deve durar dois dias. O município garantiu providenciar outra para dar celeridade à operação. Quem estabelece em dois dias o prazo é o proprietário da empresa, Adier Azevedo, que visitou a praia ontem, junto aos representantes do município.
Os sacos de areia Big Bags não são sacos comuns, desses pequenos que são colocados na parte da costa que ameaça cair. "São sacos maiores e mais adequados para conter a área degradada. É uma solução paliativa para evitar novos desabamentos, tendo em vista que as maiores marés do ano estão previstas para início de agosto. Se der certo, atuaremos na reconstrução dos trechos que já cederam, e posteriormente faremos uma solução definitiva. Cogitamos, inclusive, a engorda da praia", disse o secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Luiz Antônio Lopes, que esteve na vistoria. Esses sacos são mais adequados, por exemplo, do que pedras, que poderiam lesionar banhistas que utilizam a praia.
George Gosson, vice-presidente da ABIH-RN, lembrou que o problema no calçadão de Ponta Negra tem urgência e emergência, tendo em vista que prejudica o turismo, uma das principais atividades econômicas do Estado. "O processo já está judicializado, e inclusive foi nomeado um perito para avaliar o problema. O juiz determina três perspectivas de prazos. A primeira, a curto prazo, é evitar que novos trechos venham a ruir, a segunda, que os trechos que já ruíram sejam recuperados, e a terceira, mais definitiva, é a solução para a erosão marinha nessa região de Ponta Negra", disse. "A gente sabe que a instalação desses sacos não é definitiva. Mas estamos otimistas, esperamos que isso realmente evite que novos trechos venham a cair. Como o calçadão é construído em muro de arrimo, os rodapés precisam dessa proteção".
Verba é indispensável para conserto
Para realizar todo o plano emergencial em Ponta Negra, é preciso dinheiro vivo. O problema é que não há uma previsão de quanto, em espécie, vai custar a recuperação do calçadão. Equipes do município estão debruçadas neste momento em busca de chegar a um valor final. A prefeita Micarla de Sousa pediu que todos lhe enviassem um relatório até a próxima segunda-feira com os custos calculados. Ela deverá levar o relatório e o orçamento a Brasília, de onde chegou essa semana com promessas de apoio e liberação de recursos nos ministérios da Integração, Cidades e Turismo.
Esse relatório também será apresentado à Defesa Civil Nacional, para tentar provar que o decreto de estado de calamidade pública no calçadão corresponde a uma situação realmente crítica, e que a barreira intransponível de liberação de recursos para municípios em período eleitoral pode ser ultrapassada.
Não será fácil. "Desde o início a prefeita nos pediu empenho total. Ela nos disse que cerca de R$ 3 ou R$ 4 milhões já foram garantidos no Ministério do Planejamento. Para isso precisamos comprovar a calamidade. Por ora estamos contando com apoio da Marinha do Brasil para amenizar os danos que as ondas estão trazendo ao calçadão. É um problema de erosão marítima. É um plano de urgência. A emergência será a obra definitiva de recuperação da orla de Ponta Negra", disse Murilo Barros, secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico.
Quiosques não foram retirados
Ontem, durante a vistoria do município, estava prevista a retirada de sete quiosques na chamada Zona 2, a mais atingida do calçadão de Ponta Negra. Só que os quiosqueiros não foram trabalhar nem retiraram seus pertences. "Sempre é muito difícil porque é o meio de vida deles, mas a prefeitura vai dar todo o amparo logístico para relocação dos quiosques. Os trechos para onde eles vão tem mais segurança e está livre de erosão", disse Luiz Antônio Lopes, da Semsur.
Os quiosqueiros afirmaram que queriam a presença da própria prefeita para ela ver o problema. Lopes disse que "a prefeita tem uma leitura mais política da situação e nos determinou que viéssemos aqui à praia. É uma vistoria técnica. Acreditamos que fechando o projeto técnico necessário, não haverá demora para virem os recursos. O que sabemos é que a prefeita está animada com o que ouviu em Brasília com relação à liberação do dinheiro".
Apesar de se dizer parceiros, a Associação dos Barraqueiros de Ponta Negra (AABPN) reclama da demora na pronta-solução, e da falta de orientação para remoção dos comerciantes. "A gente chega, faz uma reunião e combina uma coisa. Dai a gente orienta os associados a cumprir o acordo. No outro dia, a solução não é cumprida pela própria prefeitura. A gente fica numa situação muito difícil. Não é nossa responsabilidade limpar, arrumar marceneiro, providenciar tudo para a mudança. Nós pedimos à prefeitura que nos arranjassem três materiais: 300 tijolos, dez sacos de cimento e dez sacos de areia. A remoção ficaria por nossa conta. Nem isso nós conseguimos", comentou o assessor jurídico dos quiosqueiros, Luciano Falcão.
Marinha divulga nota
"A Marinha do Brasil está sensibilizada com o problema no calçadão da Praia de Ponta Negra e foi solicitada pela Prefeitura do Natal para contribuir. O problema não é de fácil e rápida solução. Será fundamental a participação de especialistas em engenharia costeira, na elaboração de um estudo e projeto para a área. A Marinha acredita que a Prefeitura, com determinação, conseguirá resolver esse problema e está disposta a apoiar no que estiver ao seu alcance".
Foi uma tentativa de dar pronta-resposta à reunião de quarta-feira com a prefeita Micarla de Sousa (PV), que pediu a seus auxiliares soluções a curto, médio e longo prazo para o problema. Após a vistoria, os representantes se reuniram no Hotel Praiamar, próximo ao calçadão. Foi definida a operação: as Big Bags serão colocadas numa profundidade de aproximadamente 50 centímetros. Dai serão enchidas e fechadas. O trabalho será iniciado com uma escavadeira e deve durar dois dias. O município garantiu providenciar outra para dar celeridade à operação. Quem estabelece em dois dias o prazo é o proprietário da empresa, Adier Azevedo, que visitou a praia ontem, junto aos representantes do município.
Os sacos de areia Big Bags não são sacos comuns, desses pequenos que são colocados na parte da costa que ameaça cair. "São sacos maiores e mais adequados para conter a área degradada. É uma solução paliativa para evitar novos desabamentos, tendo em vista que as maiores marés do ano estão previstas para início de agosto. Se der certo, atuaremos na reconstrução dos trechos que já cederam, e posteriormente faremos uma solução definitiva. Cogitamos, inclusive, a engorda da praia", disse o secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Luiz Antônio Lopes, que esteve na vistoria. Esses sacos são mais adequados, por exemplo, do que pedras, que poderiam lesionar banhistas que utilizam a praia.
George Gosson, vice-presidente da ABIH-RN, lembrou que o problema no calçadão de Ponta Negra tem urgência e emergência, tendo em vista que prejudica o turismo, uma das principais atividades econômicas do Estado. "O processo já está judicializado, e inclusive foi nomeado um perito para avaliar o problema. O juiz determina três perspectivas de prazos. A primeira, a curto prazo, é evitar que novos trechos venham a ruir, a segunda, que os trechos que já ruíram sejam recuperados, e a terceira, mais definitiva, é a solução para a erosão marinha nessa região de Ponta Negra", disse. "A gente sabe que a instalação desses sacos não é definitiva. Mas estamos otimistas, esperamos que isso realmente evite que novos trechos venham a cair. Como o calçadão é construído em muro de arrimo, os rodapés precisam dessa proteção".
Verba é indispensável para conserto
Para realizar todo o plano emergencial em Ponta Negra, é preciso dinheiro vivo. O problema é que não há uma previsão de quanto, em espécie, vai custar a recuperação do calçadão. Equipes do município estão debruçadas neste momento em busca de chegar a um valor final. A prefeita Micarla de Sousa pediu que todos lhe enviassem um relatório até a próxima segunda-feira com os custos calculados. Ela deverá levar o relatório e o orçamento a Brasília, de onde chegou essa semana com promessas de apoio e liberação de recursos nos ministérios da Integração, Cidades e Turismo.
Esse relatório também será apresentado à Defesa Civil Nacional, para tentar provar que o decreto de estado de calamidade pública no calçadão corresponde a uma situação realmente crítica, e que a barreira intransponível de liberação de recursos para municípios em período eleitoral pode ser ultrapassada.
Não será fácil. "Desde o início a prefeita nos pediu empenho total. Ela nos disse que cerca de R$ 3 ou R$ 4 milhões já foram garantidos no Ministério do Planejamento. Para isso precisamos comprovar a calamidade. Por ora estamos contando com apoio da Marinha do Brasil para amenizar os danos que as ondas estão trazendo ao calçadão. É um problema de erosão marítima. É um plano de urgência. A emergência será a obra definitiva de recuperação da orla de Ponta Negra", disse Murilo Barros, secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico.
Quiosques não foram retirados
Ontem, durante a vistoria do município, estava prevista a retirada de sete quiosques na chamada Zona 2, a mais atingida do calçadão de Ponta Negra. Só que os quiosqueiros não foram trabalhar nem retiraram seus pertences. "Sempre é muito difícil porque é o meio de vida deles, mas a prefeitura vai dar todo o amparo logístico para relocação dos quiosques. Os trechos para onde eles vão tem mais segurança e está livre de erosão", disse Luiz Antônio Lopes, da Semsur.
Os quiosqueiros afirmaram que queriam a presença da própria prefeita para ela ver o problema. Lopes disse que "a prefeita tem uma leitura mais política da situação e nos determinou que viéssemos aqui à praia. É uma vistoria técnica. Acreditamos que fechando o projeto técnico necessário, não haverá demora para virem os recursos. O que sabemos é que a prefeita está animada com o que ouviu em Brasília com relação à liberação do dinheiro".
Apesar de se dizer parceiros, a Associação dos Barraqueiros de Ponta Negra (AABPN) reclama da demora na pronta-solução, e da falta de orientação para remoção dos comerciantes. "A gente chega, faz uma reunião e combina uma coisa. Dai a gente orienta os associados a cumprir o acordo. No outro dia, a solução não é cumprida pela própria prefeitura. A gente fica numa situação muito difícil. Não é nossa responsabilidade limpar, arrumar marceneiro, providenciar tudo para a mudança. Nós pedimos à prefeitura que nos arranjassem três materiais: 300 tijolos, dez sacos de cimento e dez sacos de areia. A remoção ficaria por nossa conta. Nem isso nós conseguimos", comentou o assessor jurídico dos quiosqueiros, Luciano Falcão.
Marinha divulga nota
"A Marinha do Brasil está sensibilizada com o problema no calçadão da Praia de Ponta Negra e foi solicitada pela Prefeitura do Natal para contribuir. O problema não é de fácil e rápida solução. Será fundamental a participação de especialistas em engenharia costeira, na elaboração de um estudo e projeto para a área. A Marinha acredita que a Prefeitura, com determinação, conseguirá resolver esse problema e está disposta a apoiar no que estiver ao seu alcance".
Fonte: http://www.dnonline.com.br
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