Castelo de Neiva reforça cordão dunar
Foi concluída esta semana a obra de emergência para reforçar 80 metros de extensão do cordão dunar de Castelo de Neiva, em Viana do Castelo, depois do avanço do mar ter ameaçado três habitações da linha de costa.
Esta intervenção, orçada em cerca de 190 mil euros, decorreu durante 40 dias e foi classificada pela Administração Regional Hidrográfica do Norte como de "emergência", tendo possibilitado a criação de uma protecção frontal com enrocamento de pedra, com mais de quatro toneladas, numa extensão de 80 metros.
A ARH-N garante que foi possível "salvaguardar" a costa e as habitações, que chegaram a ter o mar a poucos metros. Em causa está uma área dunar de 1200 metros quadrados em que nos últimos dias restaram apenas as rochas, perante os receios dos proprietários de três habitações.
"Receio tenho, sobretudo à noite, por causa do vento forte e do mar a bater. Mas agora acho que, finalmente, vão fazer alguma coisa por isto", desabafava Maria dos Anjos Silva, moradora há 42 anos na mesma casa. Depois de ter tido, pela segunda vez, o mar a "bater à porta", por estes dias já consegue "respirar de alívio". Augusto Bandeira, presidente da Junta, ainda admite que as três casas que estiveram em perigo, "se fosse hoje nunca seriam autorizadas".
"Mas todas elas têm mais de 40 anos, pagam os seus impostos e estão legais. Que vamos agora fazer? Deixar que o mar leve tudo ou proteger esta costa, até porque há fundos comunitários para isso?", questiona-se.
Esta intervenção, orçada em cerca de 190 mil euros, decorreu durante 40 dias e foi classificada pela Administração Regional Hidrográfica do Norte como de "emergência", tendo possibilitado a criação de uma protecção frontal com enrocamento de pedra, com mais de quatro toneladas, numa extensão de 80 metros.
A ARH-N garante que foi possível "salvaguardar" a costa e as habitações, que chegaram a ter o mar a poucos metros. Em causa está uma área dunar de 1200 metros quadrados em que nos últimos dias restaram apenas as rochas, perante os receios dos proprietários de três habitações.
"Receio tenho, sobretudo à noite, por causa do vento forte e do mar a bater. Mas agora acho que, finalmente, vão fazer alguma coisa por isto", desabafava Maria dos Anjos Silva, moradora há 42 anos na mesma casa. Depois de ter tido, pela segunda vez, o mar a "bater à porta", por estes dias já consegue "respirar de alívio". Augusto Bandeira, presidente da Junta, ainda admite que as três casas que estiveram em perigo, "se fosse hoje nunca seriam autorizadas".
"Mas todas elas têm mais de 40 anos, pagam os seus impostos e estão legais. Que vamos agora fazer? Deixar que o mar leve tudo ou proteger esta costa, até porque há fundos comunitários para isso?", questiona-se.
No lançamento desta obra, a 11 de Novembro, o presidente da ARH-N, António Guerreiro de Brito, defendeu, contudo, uma estratégia de intervenção na costa que passe pela retirada de comunidades afectadas pelo avanço do mar. "Temos que ter noção de que há perigos em localizações junto à costa e temos que planear retiradas, programadas, em algumas zonas. Essa é uma estratégia a médio prazo que importa seguir", afirmou, dando como exemplo o caso de Castelo de Neiva, onde o cordão dunar foi destruído pelo mar, colocando em risco três habitações.
Fonte: Diário de Notícias - Portugal
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