E o mar venceu a orla | Piçarras - SC
Balneário vê faixa de areia ser levada por ressacas enquanto aguarda R$ 7,4 milhões para obras
PIÇARRAS - As caminhadas pelo calçadão à beira da praia agora não terminam sem os contornos em ziguezague por trechos que desmoronaram com a força das últimas marés.
O processo de erosão passou a mudar a paisagem do balneário ainda em setembro, quando uma sequência de ressacas atingiu parte do calçadão na Avenida Beira-Mar. A situação piorou semana passada, depois que um novo avanço do mar sobre a orla arrancou árvores inteiras e levou outros trechos da calçada.
Até um posto salva-vidas precisou ser desativado porque teve a estrutura comprometida pelas ondas. Como não há garantias de que a reconstrução comece ainda este ano, moradores e veranistas já têm certeza de que a temporada de verão vai abrir e terminar com um pedaço do cenário destruído na beira da praia.
– Ainda que todo o calçadão seja reconstruído, fica a impressão de que o poder público só toma alguma atitude quando a situação chega ao ponto em que está. Por que não investiram mais na manutenção do calçadão? – questiona o professor Therbio Felipe, 41 anos, morador do balneário.
A esperança da prefeitura para reverter a ação das marés está nos cofres do Governo Federal. Estudos de modelagem computacional, batimetria (medição de profundidade) e impacto ambiental custaram R$ 296 mil à Secretaria Municipal de Infraestrutura Hídrica. Daí surgiu o plano de controle da erosão, que estima um investimento de R$ 7,4 milhões na execução da obra. Resta saber quando o Ministério da Integração Nacional assinará o convênio com a liberação dos recursos ao município.
O prefeito Umberto Teixeira esteve em Brasília semana passada atrás de recursos para a recuperação da orla:
– A praia é base do desenvolvimento da cidade. Sem ela, nossa economia pode entrar em colapso. Sem conter o avanço do mar, toda a infraestrutura urbana da Beira-Mar estará ameaçada.
Moradores temem impacto sobre imóveis à beira-mar
Entre quem mora ou tem casa de frente para o calçadão, a preocupação é de que a erosão tenha impacto negativo também nos imóveis próximos à praia. Segundo os moradores, já há rachaduras perto das calçadas de algumas casas na região.
– Fico pensando se não seria melhor fechar esta rua e fazer apenas um calçadão. Se ninguém fizer nada a tempo, é capaz de todas as casas também ficarem comprometidas – opina a aposentada Iris Piazera, 82 anos, que mora de frente para o mar.
A Defesa Civil decretou situação de emergência no começo do ano por causa da erosão. Na tentativa de reforçar a necessidade de recursos para a cidade, terça-feira o município decretou novo estado de calamidade pública. O relatório foi encaminhado para homologação na Defesa Civil Estadual e reconhecimento pela Defesa Civil Nacional.
O processo de erosão passou a mudar a paisagem do balneário ainda em setembro, quando uma sequência de ressacas atingiu parte do calçadão na Avenida Beira-Mar. A situação piorou semana passada, depois que um novo avanço do mar sobre a orla arrancou árvores inteiras e levou outros trechos da calçada.
Até um posto salva-vidas precisou ser desativado porque teve a estrutura comprometida pelas ondas. Como não há garantias de que a reconstrução comece ainda este ano, moradores e veranistas já têm certeza de que a temporada de verão vai abrir e terminar com um pedaço do cenário destruído na beira da praia.
– Ainda que todo o calçadão seja reconstruído, fica a impressão de que o poder público só toma alguma atitude quando a situação chega ao ponto em que está. Por que não investiram mais na manutenção do calçadão? – questiona o professor Therbio Felipe, 41 anos, morador do balneário.
A esperança da prefeitura para reverter a ação das marés está nos cofres do Governo Federal. Estudos de modelagem computacional, batimetria (medição de profundidade) e impacto ambiental custaram R$ 296 mil à Secretaria Municipal de Infraestrutura Hídrica. Daí surgiu o plano de controle da erosão, que estima um investimento de R$ 7,4 milhões na execução da obra. Resta saber quando o Ministério da Integração Nacional assinará o convênio com a liberação dos recursos ao município.
O prefeito Umberto Teixeira esteve em Brasília semana passada atrás de recursos para a recuperação da orla:
– A praia é base do desenvolvimento da cidade. Sem ela, nossa economia pode entrar em colapso. Sem conter o avanço do mar, toda a infraestrutura urbana da Beira-Mar estará ameaçada.
Moradores temem impacto sobre imóveis à beira-mar
Entre quem mora ou tem casa de frente para o calçadão, a preocupação é de que a erosão tenha impacto negativo também nos imóveis próximos à praia. Segundo os moradores, já há rachaduras perto das calçadas de algumas casas na região.
– Fico pensando se não seria melhor fechar esta rua e fazer apenas um calçadão. Se ninguém fizer nada a tempo, é capaz de todas as casas também ficarem comprometidas – opina a aposentada Iris Piazera, 82 anos, que mora de frente para o mar.
A Defesa Civil decretou situação de emergência no começo do ano por causa da erosão. Na tentativa de reforçar a necessidade de recursos para a cidade, terça-feira o município decretou novo estado de calamidade pública. O relatório foi encaminhado para homologação na Defesa Civil Estadual e reconhecimento pela Defesa Civil Nacional.
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Fonte: Prefeitura de Balneário Piçarras ROELTON MACIEL - roelton.maciel@an.com.br - Jornal de Santa Catarina |
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