Se nada for feito, mar pode avançar 100 metros em 42 anos no Campeche, aponta estudo

Moradora foi obrigada a desmontar dois cômodos da sua casa por causa das ondas; proprietários de imóveis reivindicam construção de barreira de rochas

Mas, com avanço do mar cada vez maior, a estrutura não vem conseguindo suportar a força das ondas. Além de alterações nas dependências de suas casas, moradores vêm utilizando cordas e também construindo barreiras para lidar com o avanço do mar.
Moradores construiram barreira de madeira, chamada de paliçada, para tentar conter avanço do mar – Foto: NDTV/Divulgação/ND

Comunidade reivindica enrocamento

Assim, em 2016, a Amoje solicitou um estudo sobre o avanço do mar na região para a empresa MinasHidroGeo. O estudo foi conduzido pelo geólogo Rodrigo Sato, que se baseou na análise da variação no nível do mar no local de 1978 até 2020.
O estudo concluiu que se o avanço seguir o mesmo ritmo do período analisado, e o poder público não realizar nenhuma interferência para conter o mar “nos próximos 42 anos vamos perder 100 metros [para o mar]. É quase uma quadra!” afirma o geólogo.
Projeção de como seria o enrocamento, realizada por estudo – Foto: NDTV/Divulgação/ND
A solução apontada pelo geólogo e aceita pelos morador foi a construção de enrocamento, “feito utilizando-se blocos de rocha granítica ou Diabásica não alterada de tamanho variando de 1 a 3 toneladas a fragmentos menores utilizados entre os blocos como preenchimento” detalha o estudo.
João Carlos da Silva, presidente da Amoje, afirma que o projeto já é de conhecimento da Prefeitura desde novembro do ano passado, quando foi apresentado junto a outras associações de moradores. A prefeitura já está em contato com a Associação, afirma Silva.
Procurada pela reportagem, a Defesa Civil de Florianópolis afirmou que irá no local analisar a situação e ver quais medidas devem ser adotadas pela Prefeitura de Florianópolis.
*Com informações do repórter Eduardo Cristófoli, da NDTV
FONTE: ND+

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