Engorda da praia enfim iniciada (PE)

Expansão da faixa de areia de Jaboatão está em fase inicial, com aumento da altura do quebra-mar

Após três prazos descumpridos e muita espera, os moradores da orla de Jaboatão dos Guararapes, enfim, comemoram a evolução das obras de engorda da praia. Ontem, já era possível ver máquinas aumentando em um metro a altura do quebra-mar de Candeias, etapa necessária para que seja feita a segmentação da barreira em cinco partes, processo que se iniciará em uma semana. A engorda será feita em trechos de Piedade, Candeias e Barra de Jangada, numa extensão de 5,3 quilômetros, da foz do Rio Jaboatão à Igrejinha de Piedade. A intervenção custará R$ 41,8 milhões e será concluída em sete meses. No Recife, em Paulista e Olinda ainda não há previsão para o início das obras de engorda da faixa costeira.

A aposentada Alice Melo, 50 anos, acompanha o serviço da varanda de seu apartamento no 12º andar. Ela mora no Edifício Passárgada, em frente ao canteiro de obras e, há três semanas, vem tirando fotos do local. “Faço isso nas sextas-feiras. É uma forma de acompanhar a evolução do trabalho. Esperamos tudo isso com ansiedade”, explicou. O morador do prédio Porto Prince, André Vidal, 37 anos, também está acompanhando de perto a engorda. “Avalio o bom andamento com alegria, mas é preciso ficar atento para a questão da manutenção, que deve ser garantida”, contou.

A estrada de pedra que ligará a praia ao quebra-mar começou a ser construída em fevereiro e, quando estiver pronta, terá 85 metros de comprimento e 5 metros de largura. As escavadeiras vão usá-la para acessar a barreira, recolher as pedras e depositar o material em um caminhão. “Além de remover as pedras, algumas com três toneladas, faremos o alteamento do quebra-mar, elevando a altura”, explicou o coordenador das obras de engorda e monitoramento ambiental, Roberto Rocha. Já o tão esperado alargamento da faixa de areia só deverá ser percebido no fim de março, com a chegada de uma draga do Marrocos que levará areia à praia.

Projetos
No Recife, em Paulista e Olinda ainda não há previsão de início das obras. Isso porque os projetos executivos, elaborados pelo Grupo Shaw, só serão concluídos no fim de abril. O prazo anterior era 31 de março, mas a embarcação usada para fazer os estudos geofísicos e hidrodinâmicos chegou ao estado com 15 dias de atraso. “A obra tem características diferentes, pois propõe a regeneração das praias e não só medidas de contenção”, disse a assessora da Unidade de Gerenciamento Costeiro da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, Andrea Olinto.
 
Fonte: www.interjornal.com.br

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