Estudo sobre erosão costeira da Beira (Moçambique) é apresentado hoje

É apresentado hoje, na Universidade Católica de Moçambique, o estudo final sobre o estado da erosão costeira da cidade da Beira e indicações possíveis soluções, num projecto coordenado pelo Programa de Apoio à Descentralização e ao Desenvolvimento Económico Local (PADDEL).

Trata-se de um trabalho elaborado por uma equipa de especialistas italianos, no quadro de uma missão de intervenção dentro da qual a cooperação deste país europeu apoia o desenvolvimento urbanístico e sistemático de Moçambique.

A solicitação do estudo tinha como objectivo observar o processo erosivo, que há várias décadas afecta sobretudo a orla marítima desta urbe, sendo visível a destruição nos bairros da Ponta-Gêa, Palmeiras e Macúti, entre pontos da Beira.

Em Julho deste ano, o “Diário de Moçambique” noticiou o arranque das obras de protecção costeira na cidade da Beira, avaliadas em 3.25 milhões de dólares financiados pela Cooperação Suíça

Os trabalhos previam a reabilitação ou construção de 20 esporões partindo da Ponta-Gêa, mais concretamente no espaço paralelo ao Palácio dos Casamentos, até à zona do Estoril e a construção de uma muralha, a partir da referida área da Ponta-Gêa até próximo da Praia Nova, visando diminuir a erosão costeira na Beira, fenómeno que já “comeu” parte visível da terra, a qual se encontra abaixo do nível das águas do mar.

Outras actividades visando a diminuição da erosão costeira na cidade da Beira são a transferência de areia para eliminação progressiva do delta na saída do desaguadouro das Palmeiras para restabelecer o transporte de sedimentos longitudinal à costa, reabilitação do estaleiro e construção de escritórios, policiamento da referida região, entre outras acções.

A contar com o apoio do GIZ foram criados na Beira, num projecto piloto iniciado em 2010, seis comités locais de geração de riscos de calamidades nos bairros de Chaimite, Chipangara, Matacuane, Macurungo, Maraza e Chota, os quais deverão ser revitalizados no próximo ano e criados outros em zonas consideradas vulneráveis às calamidades naturais e mudanças climáticas.

“Estão montados sistemas de aviso prévio nos referidos bairros, através dos quais se controlam os níveis de águas em zonas baixas, isso quando chove, por forma a antecipar as pessoas sobre as cheias, sobretudo em áreas próximas de valas de drenagem”, referiu a fonte.

Fonte: http://www.diariomoz.com

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