Cidades brasileiras não têm planos para enfrentar mudanças climáticas

Estratégias das políticas públicas ignoram foco do problema que é o âmbito municipal, avalia Ivan Carlos Maglio

O Brasil já possui planos em relação à mitigação das mudanças climáticas, como, por exemplo, na tentativa de diminuir a emissão de gases do efeito estufa. Porém, há um atraso no debate sobre como adaptar as cidades de forma resiliente para enfrentar as mudanças. Para discutir sobre as estratégias de adaptação que o País poderia tomar, o Jornal da USP no Ar conversou com Ivan Carlos Maglio, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.
“Os prognósticos indicam que tudo que se fez ou está se programando fazer no Brasil é insuficiente para evitar as mudanças climáticas.” Para Maglio, são necessárias medidas focadas em adequar as cidades no enfrentamento desse problema ambiental. Em sua opinião, o âmbito municipal deveria ser o foco das políticas públicas de adaptação.
Entre as formas de se adaptar as cidades para que se tornem resilientes às mudanças climáticas, Maglio destaca o exemplo de Santos: “Já existe um programa no sentido de modelar os efeitos do crescimento do nível do mar, inclusive com medidas experimentais de adaptação, como o uso de barreiras de controle à erosão costeira”, comenta. 
Outras iniciativas e estratégias de adaptação contra as mudanças climáticas no Brasil serão discutidas na sala Alfredo Bosi do IEA, no dia 25 de novembro. O seminário Adaptação, resiliência e riscos climáticos contará com quatro painéis de debate, cujos temas serão discutidos nas próximas semanas em entrevistas no Jornal da USP no Ar. Mais informações do evento podem ser encontradas neste link.
https://jornal.usp.br/atualidades/cidades-brasileiras-nao-tem-planos-para-enfrentar-mudancas-climaticas/
FONTE: JORNAL DA USP NO AR

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