Após invasão do mar, moradores de Atafona, RJ, se preparam para alerta de ondas de até 2,5 metros
Localidade no município de São João da Barra, RJ, sofre com o avanço do mar há cinco décadas.
O Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil emitiu um alerta de ressaca para ondas de até 2,5 metros na Praia de Atafona, em São João da Barra, no Norte Fluminense, neste sábado (24). Na quarta-feira (21), uma das barreiras de contenção com sacos de areias colocadas no local pela Defesa Civil para conter o avanço do mar foi levada pelas ondas. Um frigorífico também foi inundado. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o mar já avançou cerca de 400 metros em 50 anos.
A Prefeitura informou que a Defesa Civil está monitorando o local 24 horas e que a barreira será reajustada. O coordenador da Defesa Civil, Adriano Assis, afirmou que a previsão é de que a maré continue oscilando até a próxima segunda-feira (26), quando há a expectativa que o mar recue.
Mar avançou 400 metros nos últimos 50 anos, segundo a Prefeitura de São João da Barra, no RJ (Foto: Divulgação/UFRJ) |
"Estivemos no local e colocamos dois caminhões de areia por trás das contenções para dar mais uma estabilidade", disse.
De acordo com a Prefeitura, os sacos de areia foram criados como contenção como uma medida provisória enquanto o município tenta recurso financeiro para uma obra que interrompa efetivamente o avanço do mar.
"O mar derruba construções inteiras, obras pesadas, não vai ser areia e entulho que vai segurar. A cada maré alta é um tormento, estamos em situação de risco. Alguma coisa precisa ser feita logo para tirar esse quebra-mar do papel. Se esperar muito, o mar vai acabar com a Baixada. No Porto do Açu, existem pedras que não são usadas e que poderiam ajudar a gente aqui", afirmou o pescador local João Francisco Meireles, de 34 anos.
Abaixo-assinado
A Prefeitura da cidade se aliou aos movimentos criados por moradores e frequentadores da praia e lançou no sábado (17), aniversário da cidade, um abaixo-assinado que ficará disponível no site da prefeitura e em um estande durante os festejos de São João Batista.
A meta é atingir pelo menos 20 mil assinaturas para que o documento seja enviado aos Ministérios das Cidades, da Integração Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Governo do Estado e Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Com a iniciativa, o poder público municipal e a sociedade esperam sensibilizar as autoridades competentes para uma análise emergencial e que medidas sejam tomadas para solucionar de forma definitiva a situação. O problema se estende à praia do Açu, onde o avanço também ocorre de forma recorrente.
Fonte: G1
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