Barreira para conter avanço do mar (SP)
Santos planeja construir barreira para conter avanço do mar. Estudo apresentado pela USP mostra a necessidade da construção de uma barreira de pedras, conhecida como quebra-mar, para solucionar o grave problema das ressacas e erosão na Cidade.
Estudo desenvolvido pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo concluiu que é necessária a construção de uma barreira no mar para impedir a continuidade da erosão da Praia de Santos.
O trabalho foi encomendado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), com o objetivo de definir uma solução de engenharia para proteger a região e minimizar os transtornos causados pelos eventos extremos de ressaca no bairro da Ponta da Praia.
De acordo com o trabalho técnico, apresentado pelo Departamento de Engenharia e Hidráulica da USP, foram estudadas duas barreiras chamadas de quebra-mar: uma segmentada e outra contínua, do Deck do Pescador até o Canal 4, com cerca de dois quilômetros de extensão. Os estudos foram projetados em modelos matemáticos hidráulicos com duas distâncias da orla: um de cerca de 250 e outro de 500 metros, sendo submerso ou imerso.
A proposta que apresentou a melhor alternativa é a construção de um quebra-mar mais distante da orla. “Os arranjos nas duas formas construtivas foram bem avaliados pelo modelo, e se mostraram positivos para proporcionar os melhores resultados em termos de redução de altura das ondas, formação de correntes, e renovação das águas na sua porção interna e favorecendo o engordamento da praia”, destacou o professor José Carlos de Melo Bernardino, que apresentou os resultados à Prefeitura e a Codesp.
Agora, é necessário complementar os estudos com testes de otimização das alternativas em padrão físico, dentro de um modelo já existente na USP. Também serão produzidos ensaios geotécnicos para identificar a melhor estrutura a ser implantada, realizar os estudos de balneabilidade das águas antes e depois das obras, além de verificar a viabilidade financeira do empreendimento. A Prefeitura dará seguimento aos estudos realizados pela USP para a realização da obra.
Histórico – Em 2016, fortes ressacas destruíram parte das muretas da orla da praia, invadiram as ruas e causaram danos em prédios da orla da praia, que tiveram os estacionamentos submersos inundados pela água do mar. A junção de fatores como fortes ventos, chuvas e a alta da maré fizeram com que a destruição chegasse aos prédios, com a perda em apenas uma das ocorrências de dezenas de veículos que estavam estacionados.
Fonte: www.saperj.com.br
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