NOTA DE ESCLARECIMENTO
No último dia nove, publicamos aqui no Blog uma matéria sobre as obras de enrocamento nas praias da zona leste de Natal, cuja fonte foi o Blog do Flávio Marinho. Recebemos um questionamento de um de nossos leitores, o Sr. José Roberto de Oliveira Silva, faz a seguinte pergunta:
Qual seria a melhor solução – Engorda ou enrocamento?
A questão é bastante pertinente, principalmente pelo fato de ambas serem alternativas completamente distintas desde o ponto de vista da concepção do projeto até o custo do investimento.
Para um melhor esclarecimento, ao escolher uma alternativa de engenharia para proteção costeira é preciso responder a duas questões:
1. Qual o problema?
2. Qual é exatamente o projeto que se está tentando realizar?
A primeira resposta é erosão costeira. A segunda resposta é necessário fazer um comparativo entre as alternativas de projeto para resolver o problema.
O enrocamento é uma obra rígida e longitudinal à linha de costa, com o objetivo de conter de forma emergencial a erosão costeira no local da intervenção. O custo médio da obra é de R$ 6;000,00 por metro linear. As desvantagens do uso do enrocamento são as seguintes: falta de acessibilidade da população à praia natural recreativa; impacto visual negativo das pedras na praia; impacto ambiental com a proliferação de vetores no local (ratos, baratas, etc); custo de manutenção da obra.
A engorda artificial de praia consiste em aumentar a faixa de praia com o aterro de areia dragada do mar para costa, devidamente espalhado na praia. O custo médio da obra é de R$ 20.000,00 por metro linear para uma largura média de 40 m de faixa de praia. Geralmente a engorda artificial é utilizada associada a obras de proteção costeira de forma complementar tais como: espigões, quebra – mares e molhes. O objetivo dessas obras complementares é aumentar o tempo de retenção dos sedimentos na praia, prolongando o tempo de reposição periódica de sedimentos para manter a faixa de praia. É uma solução onerosa e de projeto complexo, principalmente devido ao alto grau de incerteza quanto a durabilidade da intervenção.
É importante escolher a alternativa que apresente o melhor custo-benefício, isto é, se cabe no bolso do município. Resta saber se no projeto desenvolvido foram também apresentadas outras alternativas existentes.
Um forte abraço
Comentários
Postar um comentário