Debates eleitorais mostram pouco interesse no avanço do mar (PE)
Escantear a temática é chutar para metros adiante uma bomba com o estopim aceso
Em uma cidade cheia de problemas de mobilidade, saúde e educação, o Recife, pelo que vimos a esta altura dos debates eleitorais, sinaliza baixo interesse para a questão do possível avanço do mar. Dá-se a impressão pela pauta dos postulantes a vagas na Câmara e ao comando da prefeitura que a Veneza pernambucana ficará intacta às mudanças climáticas, quando é de conhecimento que a cidade será uma das mais afetadas do planeta pelo aumento do nível do mar. Escantear a temática é chutar para metros adiante uma bomba com o estopim aceso. O avanço das águas oceânicas vai encobrir diversas áreas recifenses. Inclua aí as regiões ribeirinhas do Rio Capibaribe. Dos Coelhos à Iputinga. Da Várzea à Torre. Ao avançar, o mar deve engolir casas e também ruas, avenidas e estradas. Daí, a importância dos candidatos dizerem a que vêm. Um centavo que for empregado em lugares como esses deve ser projetado para o futuro, como já pensam governos de algumas cidades do mundo, como Boston, nos Estados Unidos, passíveis da fúria do mar.
Fonte: Diário de Pernambuco
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