Nudismo e falésias: viaje pelo litoral da Paraíba até os pontos mais orientais das Américas

Desfrutar de João Pessoa, capital da Paraíba, é um convite que sempre faço para amigos, desconhecidos e turistas de todos os continentes. A tranquilidade, as paisagens, a culinária e 30 quilômetros de praias paradisíacas para celebrar a vida. Quando estou pela capital, costumo caminhar pela orla marítima respirando a brisa fresca e curtindo o visual. Existe uma imensidão de praias para curtir, nadar, passear e relaxar.

Em Tambaú, saem barcos para os recifes de Picãozinho, onde, na maré baixa, piscinas naturais e águas transparentes atraem os turistas. Para quem tem o hábito do naturismo e deseja ficar nu, distante 40 quilômetros de João Pessoa encontramos Tambaba, a primeira praia nordestina destinada à prática do naturismo.


A capital possui uma das maiores áreas verdes urbanas no Brasil e tem uma rígida legislação municipal nas construções à beira-mar. Na minha última estadia, fiquei hospedado na belíssima enseada da praia do Cabo Branco. A praia é um oásis, com muitos coqueiros, falésias e um mar com temperatura fresquinha. Na orla, logo nas primeiras horas do dia, muitos moradores fazem seus exercícios, treinos e corridas. Tudo flui serenamente.


Um grande paredão de 40 metros de pedra calcária hospeda o Farol do Cabo Branco, que já foi considerado o ponto mais oriental das Américas. Desde a inauguração do farol em 1972, ele não tinha a função de orientar navios, mas sim de marcar o local mais oriental do Brasil. Medições posteriores indicaram a Ponta do Seixas (também na Paraíba), distante alguns quilômetros, como o ponto mais oriental do continente.



O visual do mirante é estonteante e de lá podemos avistar a Ponta do Seixas como grande parte do litoral paraibano. O desenho do farol do Cabo Branco tem uma forma triangular e representa a planta sizal, importante produto na economia da Paraíba. Pertinho do Farol encontra-se a Estação Cabo Branco, que foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 2008 . O complexo é fascinante e tem a missão de levar ciência, cultura, artes e tecnologia a toda a população local e aos visitantes. Mas isto já é outra história.


Dicas úteis:

Do farol avista-se a ponta do Seixas, o ponto mais oriental não só do Brasil como da América continental. Ali, o sol nasce mais cedo. A distância entre a ponta e o continente africano é de cerca de 2.850 km, menor que a de João Pessoa a Porto Alegre (RS), que é de cerca de 3.900 km. Ao redor do farol depois da subida, tomar uma água de coco é fundamental. Existem algumas lojinhas que vendem lembranças, lanches, frutas e artesanato.

Vale a pena conhecer a Praia do Poço e seu famoso banco de areia “Areia Vermelha”, com piscinas naturais e águas morninhas. Um dos locais mais estonteantes pelo litoral. Alguns dizem que, com a erosão marinha, ao longo dos anos fez as ondas desgastarem o Cabo Branco e depositar estes sedimentos na Ponta dos Seixas, tornando o local como o ponto mais oriental da America. A natureza foi responsável por este fenômeno.

Onde ficar:

O hotel é amplo e possui excelente infraestrutura. Equipe eficiente e 96 quartos distribuídos por quatro andares. O restaurante possui excelentes opções. Fica de frente ao oceano. Recomendo uma caminhada revigorante até as falésias e ao Cabo Branco.

Muito bem localizado e com staff atencioso. Os quartos são amplos e arejados. O café da manha é farto e repleto de iguarias. Por duas vezes me hospedei no Intercity e desfrutei das delícias de João Pessoa.

Fonte: Blog do Arthur Veríssimo | arthurverissimo.virgula.uol.com.br
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