Orla de Ponta da Fruta é destruída por maré alta em Vila Velha, ES

Moradores e comerciantes estão preocupados com erosão.
Árvores que foram derrubadas permanecem caídas na praia.
 
Moradores colocaram sacos de areia para tentar conter a erosão, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Moradores colocaram sacos de areia para tentar conter a erosão (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Moradores e comerciantes estão preocupados com a erosão causada pela maré alta em Ponta da Fruta, no município de Vila Velha, na Grande Vitória. Em cerca de 1 km de extensão, na Praia Rasa, a força da água derrubou muros e destruiu a calçada que dá acesso ao local.

Segundo moradores, seis árvores foram arrancadas e permanecem caídas na praia. A Prefeitura de Vila Velha foi procurada na manhã desta segunda-feira (23) e informou que a Defesa Civil do município fez o isolamento do local em que os muros caíram e está monitorando as residências atingidas.

Para o Presidente da associação de moradores da Ponta da Fruta, Edil Canoa, a preocupação também se estende a outras árvores da orla, que após a ação da maré, estão com as raízes expostas e podem cair a qualquer momento. Além disso, ele contou que alguns vergalhões, da calçada que foi atingida, estão expostos causando perigo aos frequentadores do local.

Canoa informou ainda que nada foi feito em relação a contenção da maré e pede providências do poder público. “Já estamos sofrendo há cerca de dez anos e tem piorado cada vez mais. Em 2004 e 2005 foi feito um estudo para construir um píer, mas a obra não foi feita por falta de verba”, afirmou.

Os moradores colocaram sacos de areia na tentativa de conter a erosão, mas a ação não tem alcançado sucesso. A faixa de areia da praia, que antes era extensa, praticamente não existe mais e os barcos dos pescadores estão sobre as pedras ou no espaço que dá acesso a praia.

A prefeitura informou ainda que equipes da Secretaria de Serviços Urbanos estão na região, desde sexta-feira (20), realizando os serviços de corte das árvores que têm maior risco de queda, afim de evitar qualquer tipo de acidente. Técnicos ambientais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável estão elaborando relatório após vistoria realizada também na sexta-feira.

Comércio

Os comerciantes da região também estão reclamando de prejuízos causados pela alta da maré. A reclamação é que com a mudança de estação, o faturamento cai e muitos comerciantes ficam até quatro meses sem trabalhar. O pescador Laureci Martins acredita que o avanço da água do mar está prejudicando os pescadores, os comerciantes e o turismo na região.

O comerciante Fernando Dias contou que possuiu um quiosque e uma pousada na Praia Rasa. Ele informou que toda a família trabalha nos estabelecimentos no local a mais de 30 anos. “O , nosso faturamento caiu pela metade esse ano. Agora vem a mudança da estação e vamos ficar três ou quatro meses sem trabalhar”, lamentou.

Para outro comerciante na região, e dono de um restaurante na praia, Roque Bravin, a preocupação se estende além do baixo faturamento devido ao problema da maré alta. “ Estamos precisando de ajuda para toda a comunidade. Estamos preocupados com a maré, que pode subir ainda mais, e destruir casas”, afirmou.

*Com colaboração de Eliana Gorritti, da TV Gazeta.

 

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