Mar volta a avançar e invade ruas, casas e comércios no Açu, em SJB (RJ)
Erosão na praia teria começado depois da instalação do quebra-mar do Terminal 2 no Porto do Açu |
A maré vem avançando rapidamente e a água tomando aos poucos ruas, casas e comércios na Praia do Açu, em São João da Barra, Norte Fluminense. No entanto, além do fenômeno natural há outro agravante, como o avanço do processo de erosão da faixa de praia, que vem ocorrendo há alguns meses naquela região e que segundo especialistas, teriam começado depois da instalação do quebra-mar do Terminal 2 (T2) no Complexo Portuário do Açu.
Na quarta-feira (18/03) o mar voltou a avançar e deixar os moradores apreensivos, porém nesta quinta-feira (19/03), a maré alta pegou a população de surpresa e a água invadiu ruas, principalmente as internas que ficam a menos de sete quilômetros do Terminal 2.
“Há uma associação de fatores e o primeiro ponto é a alta da maré, que venha ser um elemento natural. Mas, acontece que depois da construção do quebra-mar do T2 gerou um processo de perda da dinâmica de areia local, dessa forma a areia só vai para o norte e não volta e isso gera um déficit de areia naquela região específica, perdendo assim, a parte de proteção da praia, chamada Berma. Então a culpa pelo que está acontecendo no Açu, não é da maré, mas sim, da falta de areia”, avaliou o professor doutor do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Universidade Estadual Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, Marcos Pedlowski.
Segundo ele, o Porto está influenciando à erosão, já que a areia que teria de ser jogada de volta para a praia, vem se acumulando dentro do quebra-mar e do canal de navegação. “Se não forem feitas medidas corretivas urgentes, a tendência é que a situação se agrave ainda mais, pois estamos frente a um processo que ameaça engolir uma das localidades mais tradicionais do município de São João da Barra”, alarmou.
O professor disse que esse processo de erosão na praia do Açu já estava previsto no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), feitos na época pela LLX e OSX, como forma de obter as licenças ambientais para a construção do complexo logístico. Porém, segundo ele, quais seriam as medidas de contingência desse processo não constavam no relatório, que foi aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
“O que está acontecendo é um ‘jogo de empurra’, porque eles estão vendo que o processo está acontecendo rápido demais, além do previsto. O Inea tinha que ter cobrado essas medidas de contingência, mas não o fez. Agora vamos ver como reagem as autoridades municipais, o Inea e a Prumo Logística, já que as digitais que estão ai são bem humanas, e é só ler os EIAs e RIMAs usados pelo Grupo EBX para obter suas licenças ambientais no Porto do Açu”, disparou.
Na quarta-feira (18/03) o mar voltou a avançar e deixar os moradores apreensivos, porém nesta quinta-feira (19/03), a maré alta pegou a população de surpresa e a água invadiu ruas, principalmente as internas que ficam a menos de sete quilômetros do Terminal 2.
“Há uma associação de fatores e o primeiro ponto é a alta da maré, que venha ser um elemento natural. Mas, acontece que depois da construção do quebra-mar do T2 gerou um processo de perda da dinâmica de areia local, dessa forma a areia só vai para o norte e não volta e isso gera um déficit de areia naquela região específica, perdendo assim, a parte de proteção da praia, chamada Berma. Então a culpa pelo que está acontecendo no Açu, não é da maré, mas sim, da falta de areia”, avaliou o professor doutor do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Universidade Estadual Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, Marcos Pedlowski.
Segundo ele, o Porto está influenciando à erosão, já que a areia que teria de ser jogada de volta para a praia, vem se acumulando dentro do quebra-mar e do canal de navegação. “Se não forem feitas medidas corretivas urgentes, a tendência é que a situação se agrave ainda mais, pois estamos frente a um processo que ameaça engolir uma das localidades mais tradicionais do município de São João da Barra”, alarmou.
O professor disse que esse processo de erosão na praia do Açu já estava previsto no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), feitos na época pela LLX e OSX, como forma de obter as licenças ambientais para a construção do complexo logístico. Porém, segundo ele, quais seriam as medidas de contingência desse processo não constavam no relatório, que foi aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
“O que está acontecendo é um ‘jogo de empurra’, porque eles estão vendo que o processo está acontecendo rápido demais, além do previsto. O Inea tinha que ter cobrado essas medidas de contingência, mas não o fez. Agora vamos ver como reagem as autoridades municipais, o Inea e a Prumo Logística, já que as digitais que estão ai são bem humanas, e é só ler os EIAs e RIMAs usados pelo Grupo EBX para obter suas licenças ambientais no Porto do Açu”, disparou.
Em nota, a Prumo esclarece que “realiza um programa de monitoramento da dinâmica sedimentológica marinha e de erosões costeiras, conforme estabelecido no processo de licenciamento ambiental do empreendimento e acompanhadas pelo órgão ambiental licenciador. Além disso, a Prumo contratou a Fundação COPPETEC para realizar um estudo complementar sobre o tema, que foi coordenado pelo renomado Prof. Paulo Rosman, engenheiro civil, Mestre em engenharia oceânica pela COPPE/UFRJ e Doutor em engenharia costeira pelo Departamento de Engenharia Civil do Massachusetts Institute of Technology, uma das maiores autoridades técnicas em engenharia costeira do país.
Os resultados obtidos até agora, a partir do monitoramento e estudo realizado pela Fundação COPPETEC, demonstram que é inviável associar o estreitamento da faixa de areia em questão às obras de construção do quebra-mar do Terminal 2 (T2) do Porto do Açu.
A Prumo esclarece também que mantém o monitoramento na Praia do Açu e que está à disposição para interface com os órgãos públicos e com a comunidade local para colaboração e prestação de todas as informações necessárias sobre o assunto. Aliado a isso, a empresa informa que estudos técnicos complementares sobre o tema estão sendo discutidos com o INEA e a Prefeitura Municipal de São João da Barra com participação técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviária – IPNH e Fundação COPPETEC”.
O Site Ururau tentou um contato com o superintendente do Inea, Luiz Fernando Felippe Guida, mas foi informada que o mesmo estava em reunião.
Fonte: Ururau.com.br
Os resultados obtidos até agora, a partir do monitoramento e estudo realizado pela Fundação COPPETEC, demonstram que é inviável associar o estreitamento da faixa de areia em questão às obras de construção do quebra-mar do Terminal 2 (T2) do Porto do Açu.
A Prumo esclarece também que mantém o monitoramento na Praia do Açu e que está à disposição para interface com os órgãos públicos e com a comunidade local para colaboração e prestação de todas as informações necessárias sobre o assunto. Aliado a isso, a empresa informa que estudos técnicos complementares sobre o tema estão sendo discutidos com o INEA e a Prefeitura Municipal de São João da Barra com participação técnica do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviária – IPNH e Fundação COPPETEC”.
O Site Ururau tentou um contato com o superintendente do Inea, Luiz Fernando Felippe Guida, mas foi informada que o mesmo estava em reunião.
Fonte: Ururau.com.br
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