Boa Viagem terá engorda da orla em 2015 (PE)
Projeto executivo da obra está orçado em R$ 58 milhões e compreende um trecho de 5 km
Mesmo com o paredão de pedras, o mar tem avançado em vários pontos de Boa Viagem, reduzindo a faixa de areia | Maurício Ferry/Folha de Pernambuco |
O aumento da faixa de areia é a principal ação mitigadora para evitar que a força do mar acabe “engolindo” a região costeira do Recife até o final do século. “Estamos em uma cidade que está, em média, dois metros abaixo do nível do mar”, comentou Cida Pedrosa. A secretária destacou que a experiência de engorda de Jaboatão será consultada. Mas adiantou que Recife terá um projeto melhorado, já que o da cidade vizinha apresentou problemas. Além da Capital, Jaboatão e Paulista também sofrem com o avanço do mar e iniciaram ações compensadoras.
Jaboatão - Em Jaboatão, após nove meses de uma obra que custou R$ 38 milhões, alguns trechos terão que ser refeitos. “Como não é uma situação matemática não tinha a certeza. As simulações previam que poderiam ocorrer e a gente aguardou para ver como ia se comportar”, justificou o secretário executivo de Obras de Jaboatão dos Guararapes, Roberto Rocha.
No município, o mar voltou a avançar em três pontos: na Foz do Rio Jaboatão, próximo do Sesc e na altura do Golden Beach. De acordo com Rocha, técnicos já identificaram a necessidade das construções de estruturas de pedra para a contenção da erosão nesses pontos. O projeto para os reparos devem começar pela área do Golden e depois seguir para o Sesc e a Foz do Ipojuca. Cada trecho de paredões tem custo estimado de R$ 800 mil. Não há previsão para o início da contenção, já que a prefeitura ainda está captando recursos.
Paulista - Enquanto aguarda um projeto de engorda que foi prometido pelo Governo Estadual, Paulista antecipou sua ação contra erosão marinha adotando um sistema de “bagwall”. O secretário de Meio Ambiente da cidade, Fábio Barros, explicou que diferente da engorda, que consiste na colocação de areia para recompor a praia, o “bagwall” é uma parede em forma de escadaria colocada na linha de praia máxima, fora do ambiente marinho.
“Como é feita em forma de escadaria, ela dissipa a energia da onda impossibilitando que destrua a costa”, explicou. Segundo Barros, o serviço está 95% concluído, abrangendo quatro trechos pequenos no Janga e um trecho de 2 km em Pau Amarelo.
Fonte: Folha de Pernambuco
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