Maré avança e volta a causar destruição em Conceição da Barra (ES)

Empresários de Conceição da Barra tem medo de dormir a cada maré alta. O mar já destruiu mais de 50 metros de vegetação e continua avançando para as construções

A utilização das sacarias é provisório, pois não evita o completo avanço do mar
Foto: Divulgação
Um grupo de empresários de Conceição da Barra sofre há três anos com o avanço do mar na praia da Guaxindiba. Eles alegam que após a implementação dos piers de contenção da maré no Centro da cidade o mar começou a invadir os 50 metros de vegetação de restinga existente entre a praia e os empreendimentos. No último final de semana a maré subiu e voltou a causar destruição.

A proprietária da pousada Solar das Flores, Ione Lefevre, de 70 anos afirma que ela e o marido já investiram toda reserva que haviam guardado para a aposentadoria para conter o avanço da maré que já levou 13 metros do empreendimento.

“Nós tentamos colocar paliçada, que é utilizada em beiras de rio, mas não funcionou. O mar já comeu toda a faixa de areia e os 50 metros de vegetação de restinga, além dos 13 metros de área da pousada. Agora estamos tentando usar sacaria.”, reclamou.

O empresário Mario Dias Junior também sofre com o avanço do mar e assim como outros proprietários de empreendimentos turísticos tem investido em colocar pedras. O custo para contenção utilizando pedras é maior, mas o empresário afirma que o mar ainda não atingiu a sua pousada.

Mario Junior diz que em dezembro de 2010 acabaram as obras realizadas pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER), do Governo, para impedir o avanço do mar e recuperação das areias na praia do Centro de Conceição da Barra, mas após isso, em setembro de 2011 a erosão na praia da Guaxindiba teve início.
Alguns empresários preferiram investir em pedras para a contenção
Foto: Divulgação
De acordo com informações dos empresários, existe um parecer técnico da Defesa Civil municipal onde diz que a situação apresenta risco à integridade física, à vida e ao patrimônio das pessoas. No parecer, orienta para que se faça uma imediata intervenção por parte do poder público na área afetada, visando à recuperação do trecho e o restabelecimento da normalidade. Consta ainda, que o quadro é evolutivo com tendência ao agravamento.

A redação do Folha Vitória procurou representantes do DER-ES e a secretaria de Meio Ambiente do município, mas até o início da noite ninguém respondeu o contato.
 
Fonte: www.folhavitoria.com.br

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