Municípios balneares de Aveiro querem "discriminação positiva" para os seus territórios (Portugal)
Autarcas querem que o Governo apresente novas soluções para ajudar no combate à erosão e ao avanço do mar.
Os municípios aveirenses querem levar um plano de defesa da costa às instituições europeias
CARLA CARVALHO TOMÁS/ARQUIVO |
Segundo Salvador Malheiro, líder da autarquia, é “altura de repensar o futuro e tentar adoptar novas soluções” que atenuem a erosão costeira e previnam os prejuízos provocados pelo avanço do mar pois, para o autarca, estão em causa “pessoas, bens e a sua protecção”.
Ovar foi a cidade escolhida para a realização da conferência para “mostrar aos nossos governantes que, morando aqui mais de 5.000 pessoas na primeira frente de mar, é impensável proceder-se à sua deslocalização, já para não falar dos enormes prejuízos que isso teria em termos da economia local”, realça o autarca.
Além da tentativa de sensibilização para os problemas costeiros, a conferência propõe-se também a reflectir sobre a visão de futuro de Filipe Duarte dos Santos, coordenador da Estratégia de gestão da Zona Costeira Nacional, e sobre as propostas de António Trigo Teixeira, do Instituto Superior Técnico que, como refere Salvador Malheiro, “defende há largos anos uma costa defesa da orla costeira baseada em protecções destacadas”, incluindo os quebra-mares submersos.
A discussão levada a cabo na conferência deverá levar, segundo o presidente da câmara ovarense, ao “início de um projecto de execução que permita ter uma defesa da costa integrada, entre Espinho e Mira, abrangendo todos os municípios da região de Aveiro com orla costeira e também os concelhos limítrofes”. O objectivo passa pela definição de um projecto de identificação de zonas onde a intervenção é necessária que possa ser defendido nas instituições europeias, persuadindo os gestores dos novos fundos comunitários.
O autarca admite que, de momento, ainda não é possível avançar com propostas concretas mas acredita que, no início da gestão dos próximos fundos europeus, a proposta “já poderá estar em cima da mesa e rapidamente evoluir para se tornar uma realidade”.
Fonte: www.publico.pt/
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