Pernambuco: Em Paulista, estudo indica necessidade de contenção da erosão das praias.
O município do Paulista, localizada na Região Metropolitana do Recife (Figura 1), em Pernambuco, o avanço do mar vinha causando muitos prejuízos aos moradores e comerciantes da região nos últimos dez anos.
Além do mais, um grande patrimônio histórico localizado na beira mar, o Forte de Pau Amarelo, estava prestes a desaparecer.
Diante da situação alarmante, o atual governo municipal adotou como solução emergencial para o problema da erosão costeira na praia de Pau Amarelo, uma nova tecnologia, trata-se do dissipador de energia do tipo barra mar chamado Bagwall (Figura 2).
Uma obra de engenharia rígida que contém o avanço do mar na linha de costa, dissipa a energia das ondas no local da intervenção sem transferir o processo erosivo para praias vizinhas, promove a engorda natural da praia e garante o acesso da população a praia recreativa.
Figura 1 – Localização da área de estudo, com a representação da grade utilizada na simulação do Sistema de Modelagem Costeira (fonte: Google Earth). |
Figura 2 – Estrutura Rígida do Bagwall em Pau Amarelo, Paulista – PE. |
Um estudo recentemente realizado durante o monitoramento da obra, a modelagem numérica, obteve um diagnóstico sobre a dinâmica de ondas, correntes e sedimentos, numa área bastante impactada durante os últimos 10 anos pela ação da erosão costeira, nas praias do Janga, Pau Amarelo e Maria Farinha, todas no município do Paulista – PE.
O objetivo deste estudo visa fornecer um diagnóstico de como as forças atuantes tenderão a deslocar os sedimentos ao longo de um ano, no intuito de se melhor compreender a dinâmica costeira na área afetada pela erosão.
Para a realização do estudo foi inicialmente executada uma batimetria detalhada de uma área, a técnica verifica o nível de sedimentos (areia) depositados em torno de 7 quilômetros de costa, desde a área de linha de costa até aproximadamente 15 metros de profundidade mar adentro, que ficou a uma distância mínima de 2.700 metros e máxima de 4.100 metros da praia.
O levantamento batimétrico foi realizado nos período de 04 a 08 de fevereiro de 2014, em área costeira adjacente ao município de Paulista, nas praias do Janga, Pau Amarelo, Conceição e Maria Farinha, litoral Norte do Estado de Pernambuco.
A batimetria foi realizada seguindo linhas perpendiculares à costa, distantes cada uma aproximadamente 100 metros das seguintes, sendo que cada linha de batimetria possuía pontos de medição que ficavam distantes de 2 a 3 metros entre si.
Após esse levantamento, foi possível definir uma grade numérica do modelo para simulação da dinâmica de sedimentos (Transporte), ondas (Vetores de Hs+Magnitude) e correntes geradas por ondas (Corrente+Magnitude).
Para o cálculo do transporte de sedimentos nos perfis de praia desenhados, foi escolhida a formulação de CERC (1984).
Os resultados esperados obtidos e que foram confirmados pelas simulações feitas pelo modelo, mostraram que a área de interesse, situada entre dois bancos de arrecifes naturais, e naturalmente exposta à maior ação erosiva das ondas, tem a tendência de erosão continuada ao longo do ano, ou seja, não está em equilíbrio dinâmico (Figura 3 e 4).
O objetivo deste estudo visa fornecer um diagnóstico de como as forças atuantes tenderão a deslocar os sedimentos ao longo de um ano, no intuito de se melhor compreender a dinâmica costeira na área afetada pela erosão.
Para a realização do estudo foi inicialmente executada uma batimetria detalhada de uma área, a técnica verifica o nível de sedimentos (areia) depositados em torno de 7 quilômetros de costa, desde a área de linha de costa até aproximadamente 15 metros de profundidade mar adentro, que ficou a uma distância mínima de 2.700 metros e máxima de 4.100 metros da praia.
O levantamento batimétrico foi realizado nos período de 04 a 08 de fevereiro de 2014, em área costeira adjacente ao município de Paulista, nas praias do Janga, Pau Amarelo, Conceição e Maria Farinha, litoral Norte do Estado de Pernambuco.
A batimetria foi realizada seguindo linhas perpendiculares à costa, distantes cada uma aproximadamente 100 metros das seguintes, sendo que cada linha de batimetria possuía pontos de medição que ficavam distantes de 2 a 3 metros entre si.
Após esse levantamento, foi possível definir uma grade numérica do modelo para simulação da dinâmica de sedimentos (Transporte), ondas (Vetores de Hs+Magnitude) e correntes geradas por ondas (Corrente+Magnitude).
Para o cálculo do transporte de sedimentos nos perfis de praia desenhados, foi escolhida a formulação de CERC (1984).
Os resultados esperados obtidos e que foram confirmados pelas simulações feitas pelo modelo, mostraram que a área de interesse, situada entre dois bancos de arrecifes naturais, e naturalmente exposta à maior ação erosiva das ondas, tem a tendência de erosão continuada ao longo do ano, ou seja, não está em equilíbrio dinâmico (Figura 3 e 4).
Figura 3 - Perfis selecionados para o cálculo do transporte médio anual de sedimentos nos perfis de praia selecionados. |
Figura 4 - Cálculo do transporte médio anual de sedimentos nos perfis de praia selecionados. |
Esta área, situada na praia de Pau Amarelo, em Paulista, é a que apresenta a maior problemática de erosão, e possui grande número de obras rígidas de contenção construídas à beira-mar, como muros de concreto e enrocamentos com pedras. Nota-se na figura 4, que se tem uma tendência de divergência de transporte, entre os perfis P4 e P5. No resultados das simulações apresentados a seguir definimos como região central da área de estudo.
As ondas que se propagam até a costa sofrem processos de difração e refração associados à morfologia de fundo e principalmente pela barreira de recifes ao longo da costa, que fazem com que as ondas que chegam à praia do litoral norte de PE (Paulista) apresentem uma variabilidade espacial muito marcada.
A quebra das ondas devido ao efeito do fundo, em conjunto com os gradientes de altura de onda gerados ao longo do sistema, e a incidência oblíqua dessas, produzem um sistema de corrente próxima da praia que se movem predominantemente para norte, sul e em direção offshore (leste). Essas correntes geram um transporte longitudinal, resultando em três zonas caracterizadas por um comportamento distinto.
Os resultados das simulações numéricas da dinâmica costeira da região levou a conclusão que a área de interesse não está em equilíbrio dinâmico, isto indica que se não houver nenhuma providência, a erosão irá continuar ao longo dos próximos anos, seja com menor ou maior intensidade, de acordo com o clima de ondas vigente no ano.
As ondas que se propagam até a costa sofrem processos de difração e refração associados à morfologia de fundo e principalmente pela barreira de recifes ao longo da costa, que fazem com que as ondas que chegam à praia do litoral norte de PE (Paulista) apresentem uma variabilidade espacial muito marcada.
A quebra das ondas devido ao efeito do fundo, em conjunto com os gradientes de altura de onda gerados ao longo do sistema, e a incidência oblíqua dessas, produzem um sistema de corrente próxima da praia que se movem predominantemente para norte, sul e em direção offshore (leste). Essas correntes geram um transporte longitudinal, resultando em três zonas caracterizadas por um comportamento distinto.
Os resultados das simulações numéricas da dinâmica costeira da região levou a conclusão que a área de interesse não está em equilíbrio dinâmico, isto indica que se não houver nenhuma providência, a erosão irá continuar ao longo dos próximos anos, seja com menor ou maior intensidade, de acordo com o clima de ondas vigente no ano.
Fonte: Blog das PPPs
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