Seguro defende gestão global da costa para travar o avanço do mar (Portugal)
O líder socialista defende que não pode haver "apenas intervenções pontuais ou regionais"
O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje uma "gestão global" da costa para impedir o avanço do mar e evitar o desaparecimento de algumas praias.
Durante uma visita à praia do Pedrógão, no concelho de Leiria, António José Seguro considerou que uma "gestão global da costa é a intervenção que deve presidir a qualquer outra de natureza mais imediata ou localizada".
O líder socialista recordou que o areal tem vindo a "minguar" ao longo destes últimos anos "em função de se ter alargado o molhe na Figueira da Foz".
Para António José Seguro, não pode haver "apenas intervenções pontuais ou regionais", porque "cada intervenção tem uma implicação positiva num local", mas também "tem implicações negativas noutros locais".
"Uma monitorização e gestão globais" é o caminho defendido pelo socialista, que considerou que qualquer intervenção tem de estar inserida "num modelo coerente de gestão da costa, onde não se tape de um lado e se destape do outro", salientou.
António José Seguro entende que o "Governo anda um pouco às aranhas nesta questão, como noutras".
"Em 2012, houve uma revisão do plano de ação e valorização da nossa costa, que o atual ministro já veio dizer que era preciso rever a estratégia. Fala-se em milhões, mas depois pede-se às câmaras que sejam elas a substituir o Governo numa função imediata", criticou.
O socialista exemplificou com a medida tomada pela Câmara de Leiria, que tem descarregado areias na praia do Pedrógão para evitar o avanço do mar.
António José Seguro admitiu que a construção do molhe no porto da Figueira da Foz teve "efeitos negativos", porque "a sedimentação fica na zona da Figueira da Foz e causa problemas não só nas praias a sul, como na própria entrada e saída das embarcações piscatórias da Figueira da Foz".
Esta foi uma obra autorizada durante o Governo de gestão socialista. António José Seguro considerou que "o importante é olhar para os problemas e encontrar soluções". "Se passamos a vida a distribuir culpas uns pelos outros chegamos à conclusão que todos têm responsabilidades. Basta de olhar para o passado. É necessário olhar para o que está, corrigir e intervir, mas de uma forma coerente", frisou.
O líder socialista apelou ainda para a "ação estrutural" que tem de avançar, de modo permitir que Portugal "conserve os areais e as praias com qualidade para continuar a atrair turistas".
Na terça-feira, a Câmara de Leiria deliberou avançar com uma intervenção de emergência na praia do Pedrógão, onde a forte agitação marítima tem provocado danos, respondendo à solicitação da APA.
Numa nota de imprensa, o município, que desde janeiro já colocou mais de 50 mil metros cúbicos de areia na praia para travar o avanço do mar, informa que a autarquia "será ressarcida do custo da empreitada, bem como do valor que resulta dos trabalhos de reposição".
Segundo informação do município, "nos últimos anos, a praia do Pedrógão tem sofrido um processo de erosão costeira", situação que coloca "em perigo iminente todas as infraestruturas adjacentes à marginal, assim como o cordão dunar".
"Em 19 de setembro de 2013 a ondulação de cerca de quatro metros de altura destruiu toda a zona da passagem de emergência, assim como descalçou o muro da rotunda, encontrando-se toda a zona instável", refere o município, acrescentando que, em janeiro, "o cenário agravou-se, fruto das condições do estado do mar particularmente violentas".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje uma "gestão global" da costa para impedir o avanço do mar e evitar o desaparecimento de algumas praias.
Durante uma visita à praia do Pedrógão, no concelho de Leiria, António José Seguro considerou que uma "gestão global da costa é a intervenção que deve presidir a qualquer outra de natureza mais imediata ou localizada".
O líder socialista recordou que o areal tem vindo a "minguar" ao longo destes últimos anos "em função de se ter alargado o molhe na Figueira da Foz".
Para António José Seguro, não pode haver "apenas intervenções pontuais ou regionais", porque "cada intervenção tem uma implicação positiva num local", mas também "tem implicações negativas noutros locais".
"Uma monitorização e gestão globais" é o caminho defendido pelo socialista, que considerou que qualquer intervenção tem de estar inserida "num modelo coerente de gestão da costa, onde não se tape de um lado e se destape do outro", salientou.
António José Seguro entende que o "Governo anda um pouco às aranhas nesta questão, como noutras".
"Em 2012, houve uma revisão do plano de ação e valorização da nossa costa, que o atual ministro já veio dizer que era preciso rever a estratégia. Fala-se em milhões, mas depois pede-se às câmaras que sejam elas a substituir o Governo numa função imediata", criticou.
O socialista exemplificou com a medida tomada pela Câmara de Leiria, que tem descarregado areias na praia do Pedrógão para evitar o avanço do mar.
António José Seguro admitiu que a construção do molhe no porto da Figueira da Foz teve "efeitos negativos", porque "a sedimentação fica na zona da Figueira da Foz e causa problemas não só nas praias a sul, como na própria entrada e saída das embarcações piscatórias da Figueira da Foz".
Esta foi uma obra autorizada durante o Governo de gestão socialista. António José Seguro considerou que "o importante é olhar para os problemas e encontrar soluções". "Se passamos a vida a distribuir culpas uns pelos outros chegamos à conclusão que todos têm responsabilidades. Basta de olhar para o passado. É necessário olhar para o que está, corrigir e intervir, mas de uma forma coerente", frisou.
O líder socialista apelou ainda para a "ação estrutural" que tem de avançar, de modo permitir que Portugal "conserve os areais e as praias com qualidade para continuar a atrair turistas".
Na terça-feira, a Câmara de Leiria deliberou avançar com uma intervenção de emergência na praia do Pedrógão, onde a forte agitação marítima tem provocado danos, respondendo à solicitação da APA.
Numa nota de imprensa, o município, que desde janeiro já colocou mais de 50 mil metros cúbicos de areia na praia para travar o avanço do mar, informa que a autarquia "será ressarcida do custo da empreitada, bem como do valor que resulta dos trabalhos de reposição".
Segundo informação do município, "nos últimos anos, a praia do Pedrógão tem sofrido um processo de erosão costeira", situação que coloca "em perigo iminente todas as infraestruturas adjacentes à marginal, assim como o cordão dunar".
"Em 19 de setembro de 2013 a ondulação de cerca de quatro metros de altura destruiu toda a zona da passagem de emergência, assim como descalçou o muro da rotunda, encontrando-se toda a zona instável", refere o município, acrescentando que, em janeiro, "o cenário agravou-se, fruto das condições do estado do mar particularmente violentas".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa
Fonte: www.ionline.pt/
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