Como engordar em Paris (PR)
Tem gente que faz das tripas coração para emagrecer no verão. Literalmente, só não comem as próprias tripas com alface porque nenhuma celebridade ainda recomendou, apesar da profusão de livros, tratamentos e truques para reduzir as gordurinhas numa dieta milagrosa com o fabuloso pó de pirlimpimpim.
Assim como as chuvas de verão, dietas de verão não são bem vistas no litoral do Paraná. As chuvas porque as praias carecem de saneamento, as dietas porque a ordem é engordar. Segundo Celso Nascimento, colunista da Gazeta do Povo, dois dos maiores conhecedores dos efeitos erosivos do mar sobre a orla se levantam para condenar o projeto que o governo estadual pretende pagar pela engorda da praia de Matinhos (foto). Um regiminho de engorda da ordem de R$ 520 milhões para recuperar cerca de sete quilômetros do litoral paranaense destruídos pela erosão marinha.
Nada mais nada menos, os dois profissionais citados por Celso Nascimento são reconhecidos internacionalmente: o geólogo João José Bigarella e o engenheiro naval Geert Prange, ambos categóricos ao afirmar que é um desperdício trazer areia do alto-mar para despejá-la na praia, pois o mar vai levá-la de volta: “O importante, dizem eles separadamente mas coincidentemente com a mesma opinião, é construir simples espigões e obras de enrocamento de tal modo que a areia passe naturalmente a ser depositada pelo próprio mar no lugar que se pretende recuperar. Com a vantagem que dali, protegida pelas medidas de contenção, não mais sairia. Simples assim (e muito mais barato!)”.
Benjamin Franklin dizia que a raça humana, desde a melhora da culinária, come o dobro do que a natureza requer. Aqui nos mares do Sul, como temos visto, certos administradores públicos preferem engordar em Paris. O que requer bem mais que o dobro do que o próprio bolso permite.
Ao atestar que a engorda artificial da praia é totalmente inviável, o professor Bigarella questiona: “A quem interessa a tal engorda? Ela deve engordar outra coisa! Menos a praia”.
Assim como as chuvas de verão, dietas de verão não são bem vistas no litoral do Paraná. As chuvas porque as praias carecem de saneamento, as dietas porque a ordem é engordar. Segundo Celso Nascimento, colunista da Gazeta do Povo, dois dos maiores conhecedores dos efeitos erosivos do mar sobre a orla se levantam para condenar o projeto que o governo estadual pretende pagar pela engorda da praia de Matinhos (foto). Um regiminho de engorda da ordem de R$ 520 milhões para recuperar cerca de sete quilômetros do litoral paranaense destruídos pela erosão marinha.
Nada mais nada menos, os dois profissionais citados por Celso Nascimento são reconhecidos internacionalmente: o geólogo João José Bigarella e o engenheiro naval Geert Prange, ambos categóricos ao afirmar que é um desperdício trazer areia do alto-mar para despejá-la na praia, pois o mar vai levá-la de volta: “O importante, dizem eles separadamente mas coincidentemente com a mesma opinião, é construir simples espigões e obras de enrocamento de tal modo que a areia passe naturalmente a ser depositada pelo próprio mar no lugar que se pretende recuperar. Com a vantagem que dali, protegida pelas medidas de contenção, não mais sairia. Simples assim (e muito mais barato!)”.
Benjamin Franklin dizia que a raça humana, desde a melhora da culinária, come o dobro do que a natureza requer. Aqui nos mares do Sul, como temos visto, certos administradores públicos preferem engordar em Paris. O que requer bem mais que o dobro do que o próprio bolso permite.
Ao atestar que a engorda artificial da praia é totalmente inviável, o professor Bigarella questiona: “A quem interessa a tal engorda? Ela deve engordar outra coisa! Menos a praia”.
Fonte: parana-online.com.br
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