Obras de contenção do mar devem acabar até janeiro em Paulista, PE
Trecho beneficiado tem 2 km, indo de Pau Amarelo até N. Senhora do Ó.
Patrimônio histórico, Forte de Pau Amarelo estava ameaçado.
As obras de contenção do mar no trecho de dois quilômetros entre os bairros de Pau Amarelo e Nossa Senhora do Ó, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, devem ser concluídas até janeiro de 2014. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, vistoriou o local neste sábado (28), acompanhado do governador Eduardo Campos. A pasta é responsável pelo investimento de R$ 14,3 milhões do serviço de contenção.
Patrimônio histórico localizado no trecho, o Forte de Pau Amarelo estava ameaçado. A erosão estava chegando a apenas 14 metros do muro voltado para o mar, conta o secretário de Meio Ambiente de Paulista, Fábio Barros. “Foi decretada uma situação de emergência no município. Quando a maré estava muito forte, chegava a circular pelos lados do forte, pelas ruas laterais”, explica.
Morando em uma casa próxima ao Forte, o gari Erasmo Xavier viu o bar de um conhecido ruir com a força das ondas. O campo de futebol, localizado após o forte, já foi alagado diversas vezes em dia de maré alta. “Eu moro há 25 anos aqui, nesse mesmo lugar. Lembro que o mar era lá atrás, mas foi chegando perto. Dia de domingo, as pessoas vinham fazer piquenique, agora não tem mais condições”, lamenta.
O serviço de contenção começou na segunda quinzena de agosto e já avançou 520 metros na orla. Diferente do que acontece na praia de Boa Viagem, no Recife, que utiliza pedras, a técnica escolhida para Pau Amarelo é conhecida como bagwall, já utilizada nos estados de Alagoas e Ceará. “Essa obra tem um formato de escadaria e esse formato faz com que a incidência de onda possa ser contida e dissipada sua energia”, explica Fábio Barros.
Para formar a escadaria, são utilizados sacos feitos de um material que se desmancha com o tempo, preenchidos com um tipo específico de concreto, colocados em camadas na areia, cada um pesando aproximadamente duas toneladas. Uma parte já está enterrada e vai dar sustentação ao restante da estrutura, enquanto a outra vai ficar acima do nível do mar. “Outra vantagem é que você não permite assim a presença de ratos e baratas, além de facilitar o acesso das pessoas à praia”, aponta o secretário.
Reordenamento
Patrimônio histórico, Forte de Pau Amarelo estava ameaçado.
Sacos formam espécie de escadaria para impedir avanço do mar em Paulista. (Foto: Katherine Coutinho/G1) |
As obras de contenção do mar no trecho de dois quilômetros entre os bairros de Pau Amarelo e Nossa Senhora do Ó, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, devem ser concluídas até janeiro de 2014. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, vistoriou o local neste sábado (28), acompanhado do governador Eduardo Campos. A pasta é responsável pelo investimento de R$ 14,3 milhões do serviço de contenção.
Patrimônio histórico localizado no trecho, o Forte de Pau Amarelo estava ameaçado. A erosão estava chegando a apenas 14 metros do muro voltado para o mar, conta o secretário de Meio Ambiente de Paulista, Fábio Barros. “Foi decretada uma situação de emergência no município. Quando a maré estava muito forte, chegava a circular pelos lados do forte, pelas ruas laterais”, explica.
Erasmo Xavier viu o avanço do mar destruir até mesmo um bar. (Foto: Katherine Coutinho/G1) |
O serviço de contenção começou na segunda quinzena de agosto e já avançou 520 metros na orla. Diferente do que acontece na praia de Boa Viagem, no Recife, que utiliza pedras, a técnica escolhida para Pau Amarelo é conhecida como bagwall, já utilizada nos estados de Alagoas e Ceará. “Essa obra tem um formato de escadaria e esse formato faz com que a incidência de onda possa ser contida e dissipada sua energia”, explica Fábio Barros.
Para formar a escadaria, são utilizados sacos feitos de um material que se desmancha com o tempo, preenchidos com um tipo específico de concreto, colocados em camadas na areia, cada um pesando aproximadamente duas toneladas. Uma parte já está enterrada e vai dar sustentação ao restante da estrutura, enquanto a outra vai ficar acima do nível do mar. “Outra vantagem é que você não permite assim a presença de ratos e baratas, além de facilitar o acesso das pessoas à praia”, aponta o secretário.
Reordenamento
Além do trabalho de conter o mar, a prefeitura do município estuda a questão do reordenamento da orla, trabalho que deve começar a ser feito após a conclusão das obras. A prefeitura aderou a um projeto do Ministério do Meio Ambiente e montou um comitê para supervisionar o caso. "Vamos ter o reordenamento das barracas, que funcionavam sem a mínima condição sanitária, organização estrutural, tudo vai ser refeito”, detalha o secretário de Meio Ambiente de Paulista, Fábio Barros.
No entanto, todo o trabalho vai depender da conclusão das obras de contenção do mar. “Nós só podemos mexer na reestruturação urbanística quando terminarmos a obra de contenção. Isso é uma obrigação. Ao término da obra, vamos ter a dimensão das áreas publicas possíveis para fazer esse reordenamento. Inclusive, não é descartado, futuramente, ver o processo de engorda. Esse processo de contenção não impede que haja aumento da faixa de areia no futuro”, afirma o secretário.
Erosão se aproximava do Forte de Pau Amarelo; escadeiras cavam para colocação dos sacos que formarão escadaria. (Foto: Katherine Coutinho/G1) |
Comentários
Postar um comentário