Maré violenta avança sobre bares da Ponta d'Areia (MA)
Donos de bares da praia da Ponta d'Areia estão cada vez mais preocupados com a força da maré, que nos últimos dias tem avançado cada vez mais sobre os estabelecimentos. Os comerciantes dizem que as chamadas 'ressacas' são as mais intensas do ano, com ondas que podem chegar a sete metros de altura. A violência das águas já arrancou boa parte das estruturas de concreto, feitas para proteger o alicerce dos bares, além de ter quebrado telhas e destruído rampas de acesso. Os bares mais afetados são os do 'Dodô' e do Sodré.
Aldenor Ribeiro Franco, de 72 anos, mais conhecido como 'Dodô', contou que seu bar é um dos mais prejudicados nessa época do ano. Ele disse que já perdeu as contas de quantos sacos de cimento com areia já colocados na frente do estabelecimento, mas o problema persiste, e cada vez mais intenso:
'Na semana passada, quando a maré estava de ressaca por conta da mudança da lua, as ondas atingiram seis metros. Chorei ao ver meu bar sendo invadido pelas águas. Já estou aqui há mais de 40 anos. É onde criei meus filhos e de onde ainda retiro o sustento da minha família'.
O Espigão Costeiro – obra que teve custo de R$ 12 milhões e foi entregue em agosto de 2011 – não está conseguindo cumprir sua função, ou seja, conter o avanço do mar.
'Eu pensei que com a construção do Espigão Costeiro, a maré alta não ameaçaria mais os estabelecimentos ao longo da praia, mas não foi isso o que aconteceu', disse 'Dodô'.
Segundo o comerciante, o governo do Estado anunciou que a melhoria trazida pelo Espigão Costeiro só seria percebida ao longo de uma década. Porém, para 'Dodô', é provável que após 10 anos de avanço do mar, não reste mais nenhum estabelecimento na orla.
'Estou sem dormir há várias noites, uma vez que o quarto do meu filho fica justamente próximo do local onde a onda quebra. Coloquei umas pedras para proteger meu alicerce que já está frágil, mas o mar continua batendo com força total. A rampa de concreto pela qual os clientes desciam para tomar sol na areia ou banhar no mar foi quebrada pela força das ondas. Fiz uma escadinha de madeira, que também não deve aguentar por muito tempo. Precisamos de ajuda urgente ou de pelo menos um quebra-mar nessa área, senão muitas famílias ficarão desabrigadas e passando fome', declarou 'Dodô'.
De acordo com João Silva Cardoso, 46, que também é comerciante na praia da Ponta d'Areia, a preocupação em relação ao avanço do mar tem tirado o sono de muita gente. Ele relatou que as últimas semanas o mar tem avançado tanto que chegou a atingir o passeio público. 'Não sei quando o governo vai fazer algo para mudar essa situação. Daqui a pouco o mar chega à pista, e aí sim vai ser um verdadeiro deus-nos-acuda. As ondas são tão grandes e fortes que até cadeiras e mesas foram arrastadas. O meu medo é que esses quiosques, daqui a alguns anos, não aguentem as marés altas e venham a ruir. O Espigão foi feito para nos ajudar, mas os problemas só aumentaram depois da sua construção', disse João.
A estudante de veterinária Isadora Dias, 24, que frequentemente faz caminhada na orla da Ponta d'Areia, afirmou que se assustou com o tamanho das ondas dos últimos dias.
Ela contou que, vez ou outra, costuma entrar no mar, pois prefere caminhar pela areia, mas, em decorrência do avanço das águas, tem preferido andar somente pelo calçadão. 'Tenho medo de ser pega desprevenida e uma onda dessas aí me arrastar', disse.
Outro lado – A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) informou ao Jornal Pequeno que 'o Espigão está cumprindo com sua função, tanto que uma faixa de praia já começa a crescer do lado direito da obra'.
A Sinfra afirmou, ainda, que 'a total contenção da erosão e o desassoreamento do canal da Ponta d'Areia acontecerá nos próximos 10 anos'.
Foi informado, finalmente, que na manhã de ontem (22) seriam iniciados os serviços de urbanização do Espigão, que abrangerão a construção de: marina, passeio público, iluminação, proteção do local, entre outros serviços.
A obra será executada pela Ducol Engenharia, que também é a responsável pelos serviços de urbanização da Península da Ponta d'Areia.
Aldenor Ribeiro Franco, de 72 anos, mais conhecido como 'Dodô', contou que seu bar é um dos mais prejudicados nessa época do ano. Ele disse que já perdeu as contas de quantos sacos de cimento com areia já colocados na frente do estabelecimento, mas o problema persiste, e cada vez mais intenso:
'Na semana passada, quando a maré estava de ressaca por conta da mudança da lua, as ondas atingiram seis metros. Chorei ao ver meu bar sendo invadido pelas águas. Já estou aqui há mais de 40 anos. É onde criei meus filhos e de onde ainda retiro o sustento da minha família'.
O Espigão Costeiro – obra que teve custo de R$ 12 milhões e foi entregue em agosto de 2011 – não está conseguindo cumprir sua função, ou seja, conter o avanço do mar.
'Eu pensei que com a construção do Espigão Costeiro, a maré alta não ameaçaria mais os estabelecimentos ao longo da praia, mas não foi isso o que aconteceu', disse 'Dodô'.
Segundo o comerciante, o governo do Estado anunciou que a melhoria trazida pelo Espigão Costeiro só seria percebida ao longo de uma década. Porém, para 'Dodô', é provável que após 10 anos de avanço do mar, não reste mais nenhum estabelecimento na orla.
'Estou sem dormir há várias noites, uma vez que o quarto do meu filho fica justamente próximo do local onde a onda quebra. Coloquei umas pedras para proteger meu alicerce que já está frágil, mas o mar continua batendo com força total. A rampa de concreto pela qual os clientes desciam para tomar sol na areia ou banhar no mar foi quebrada pela força das ondas. Fiz uma escadinha de madeira, que também não deve aguentar por muito tempo. Precisamos de ajuda urgente ou de pelo menos um quebra-mar nessa área, senão muitas famílias ficarão desabrigadas e passando fome', declarou 'Dodô'.
De acordo com João Silva Cardoso, 46, que também é comerciante na praia da Ponta d'Areia, a preocupação em relação ao avanço do mar tem tirado o sono de muita gente. Ele relatou que as últimas semanas o mar tem avançado tanto que chegou a atingir o passeio público. 'Não sei quando o governo vai fazer algo para mudar essa situação. Daqui a pouco o mar chega à pista, e aí sim vai ser um verdadeiro deus-nos-acuda. As ondas são tão grandes e fortes que até cadeiras e mesas foram arrastadas. O meu medo é que esses quiosques, daqui a alguns anos, não aguentem as marés altas e venham a ruir. O Espigão foi feito para nos ajudar, mas os problemas só aumentaram depois da sua construção', disse João.
A estudante de veterinária Isadora Dias, 24, que frequentemente faz caminhada na orla da Ponta d'Areia, afirmou que se assustou com o tamanho das ondas dos últimos dias.
Ela contou que, vez ou outra, costuma entrar no mar, pois prefere caminhar pela areia, mas, em decorrência do avanço das águas, tem preferido andar somente pelo calçadão. 'Tenho medo de ser pega desprevenida e uma onda dessas aí me arrastar', disse.
Outro lado – A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) informou ao Jornal Pequeno que 'o Espigão está cumprindo com sua função, tanto que uma faixa de praia já começa a crescer do lado direito da obra'.
A Sinfra afirmou, ainda, que 'a total contenção da erosão e o desassoreamento do canal da Ponta d'Areia acontecerá nos próximos 10 anos'.
Foi informado, finalmente, que na manhã de ontem (22) seriam iniciados os serviços de urbanização do Espigão, que abrangerão a construção de: marina, passeio público, iluminação, proteção do local, entre outros serviços.
A obra será executada pela Ducol Engenharia, que também é a responsável pelos serviços de urbanização da Península da Ponta d'Areia.
Fonte: jornalpequeno.com.br
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