Com avanço do mar, Caraguá será ilha em 2100, diz estudo. (SP)
As enchentes que são cíclicas em Caraguatatuba este ano já retiraram de seus lares mais de 100 pessoas. Os bairros mais atingidos foram Morro do Algodão e Travessão.
Na tarde da última segunda-feira as águas ainda subiam em várias ruas como no Pontal Santamarina, Porto Novo e Perequê, devido a maré alta e as chuvas que continuavam a cair na Serra do Mar.
Este estado de calamidade nos faz lembrar proguinóstico apresentado a pouco pela ong SOS Mata Atlântica. Relebremos.
O município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, pode se resumir a uma ilha em 2100. O prognóstico foi apresentado durante o Viva a Mata, evento da ONG SOS Mata Atlântica que aconteceu no parque Ibirapuera, em São Paulo.
Pesquisadores simularam em mapas, possíveis elevações do nível dos oceanos nos próximos séculos, provocadas por mudanças climáticas como o aquecimento global.
“Previsões mais conservadoras indicam uma elevação do nível do oceano de 66 cm em 2100; outras, mais apocalípticas, prevêem um aumento de até seis metros”, afirma Eduardo Reis Rosa, da empresa de geoprocessamento ArcPlan, um dos autores do estudo.
Se a simulação de seis metros parece alarmista demais, é preciso considerar que a de 66 cm é a mínima elevação prevista.
Planícies – A simulação foi feita nos municípios de Caraguatatuba, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro, por serem áreas de planície litorânea. Também está em andamento um estudo semelhante sobre Iguape.
Em Caraguatatuba, cerca de 60% da área de praia ficará submersa se o oceano subir apenas 66 cm. Caso a elevação chegue a seis metros, mais de 16 quilômetros quadrados de área urbana e 0,2 quilômetros quadrados de mata atlântica serão inundados –apenas a parte central da cidade ficará acima do nível da água. O estudo abrange 320 km² dos 484 quilômetros quadrados do município.
Já Niterói ganhará cara de Veneza se o mar avançar por ruas e avenidas; 0,6 km² de vias será engolido pela água se o mar subir seis metros, assim como 0,04 quilômetros quadrados de árvores da mata atlântica. Com um avanço de 66 cm, 0,05 km² de praia ficará debaixo d’água. A área de abrangência do estudo é de 13,6 quilômetros quadrados dos 129 quilômetros quadrados do município.
Segundo os pesquisadores, que usaram imagens feitas a partir de 1973 para compreender a dinâmica dessas cidades, é preciso considerar esses cenários nas ações de planejamento municipal e zoneamento ambiental dessas regiões.
Fonte: http://www.noroestenews.com.br
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