Governo do RN assume recuperação da orla de três praias urbanas de Natal
Obras contemplam trecho interditado no calçadão da praia de Ponta Negra.
Projeto, que inclui as praias do Forte e Areia Preta, custará R$ 17 milhões.
Projeto, que inclui as praias do Forte e Areia Preta, custará R$ 17 milhões.
Destruição causada pelo avanço do mar no calçadão da praia de Ponta Negra, cartão postal de Natal (Ardilhes Moreira/G1) |
As obras de recuperação das orlas das praias urbanas de Ponta Negra, Forte e Areia Preta, antes de responsabilidade da Prefeitura de Natal, agora estão a cargo do Governo do Estado, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (5) pela Secretaria Estadual de Turismo (Setur). O projeto também inclui recuperação total do calçadão de Ponta Negra, que tem trecho interditado e em estado de calamidade pública decretado desde o mês de julho passado em razão da degradação causada pelo avanço do mar.
Ainda de acordo com a Setur, o Governo conseguiu a liberação de R$ 14 milhões junto ao Ministério do Turismo para a realização das construções. Outros R$ 3,6 milhões serão destinados à sinalização turística, incluindo R$ 320 mil para a aquisição de veículos que servirão como boxes itinerantes para o atendimento dos visitantes que chegam à capital potiguar. “O total de recursos a serem transferidos pelo Ministério do Turismo para estes três projetos é de R$ 17 milhões”, anunciou a Secretaria.
A assessoria de imprensa da Setur disse também que a liberação dos recursos tem caráter emergencial e deve acontecer nas próximas semanas. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2013 e sejam concluídas antes da Copa do Mundo.
Calamidade Pública
O calçadão da praia de Ponta Negra, um dos principais cartões postais de Natal, encontra-se em estado de calamidade pública desde o dia 12 de julho deste ano, após boa parte do passeio ter sido destruído pelo avanço do mar. São quase cinco meses sem solução. Parte da estrutura está completamente deteriorada, dificultando o trânsito e oferecendo risco para quem passa pelo local. Em outubro a Prefeitura prorrogou o estado de calamidade por mais 90 dias em toda a orla do calçadão.
Perícia
No mês passado oito peritos, nomeados pelo Ministério Público Estadual, traçaram o perfil geomorfológico e a caracterização físico-oceanográfica da praia de Ponta Negra, em Natal. O laudo pericial referente à erosão da praia foi apresentado à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e aos representantes da Prefeitura de Natal e do Governo do Estado.
Além de detalhar os aspectos relacionados à natureza da praia, o laudo apontou soluções de engenharia emergenciais, que podem reduzir os danos causados pelo movimento das marés. A falta de areia na praia foi o principal problema identificado.
Além da ausência de sedimentos suficientes, os peritos apontaram que o muro de arrimo do calçadão de Ponta Negra foi construído dentro da faixa dinâmica da praia. "A partir do momento em que as ondas atingem o paramento vertical do muro, elas são refletidas, dobram sua altura e inicia-se um processo hidrodinâmico bastante diverso", analisaram os peritos.
Como medida emergencial, o corpo técnico formado pelo Ministério Público sugeriu o engordamento artifical da praia, com a colocação de até 180 mil metros cúbicos de areia, divididos em 30 metros cúbicos por metro.
Ainda de acordo com o relatório, parte desse montante seria direcionado à região da enseada do Morro do Careca e outra parcela seria deslocada na direção Norte, próximo à Praia de Mãe Luiza. Os peritos confirmaram que as ondas provenientes do sudeste (SE), a cerca de cinco quilômetros ao norte da enseada de Ponta Negra, são aproximadamente 40% maiores do que na área próxima ao Morro. Recomendou-se, analisando-se estes e outros pontos, um engordamento mínimo de 60 mil metros cúbicos e máximo de 180 mil metros cúbicos de areia.
Ainda de acordo com a Setur, o Governo conseguiu a liberação de R$ 14 milhões junto ao Ministério do Turismo para a realização das construções. Outros R$ 3,6 milhões serão destinados à sinalização turística, incluindo R$ 320 mil para a aquisição de veículos que servirão como boxes itinerantes para o atendimento dos visitantes que chegam à capital potiguar. “O total de recursos a serem transferidos pelo Ministério do Turismo para estes três projetos é de R$ 17 milhões”, anunciou a Secretaria.
A assessoria de imprensa da Setur disse também que a liberação dos recursos tem caráter emergencial e deve acontecer nas próximas semanas. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2013 e sejam concluídas antes da Copa do Mundo.
Calamidade Pública
O calçadão da praia de Ponta Negra, um dos principais cartões postais de Natal, encontra-se em estado de calamidade pública desde o dia 12 de julho deste ano, após boa parte do passeio ter sido destruído pelo avanço do mar. São quase cinco meses sem solução. Parte da estrutura está completamente deteriorada, dificultando o trânsito e oferecendo risco para quem passa pelo local. Em outubro a Prefeitura prorrogou o estado de calamidade por mais 90 dias em toda a orla do calçadão.
Perícia
No mês passado oito peritos, nomeados pelo Ministério Público Estadual, traçaram o perfil geomorfológico e a caracterização físico-oceanográfica da praia de Ponta Negra, em Natal. O laudo pericial referente à erosão da praia foi apresentado à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e aos representantes da Prefeitura de Natal e do Governo do Estado.
Além de detalhar os aspectos relacionados à natureza da praia, o laudo apontou soluções de engenharia emergenciais, que podem reduzir os danos causados pelo movimento das marés. A falta de areia na praia foi o principal problema identificado.
Além da ausência de sedimentos suficientes, os peritos apontaram que o muro de arrimo do calçadão de Ponta Negra foi construído dentro da faixa dinâmica da praia. "A partir do momento em que as ondas atingem o paramento vertical do muro, elas são refletidas, dobram sua altura e inicia-se um processo hidrodinâmico bastante diverso", analisaram os peritos.
Como medida emergencial, o corpo técnico formado pelo Ministério Público sugeriu o engordamento artifical da praia, com a colocação de até 180 mil metros cúbicos de areia, divididos em 30 metros cúbicos por metro.
Ainda de acordo com o relatório, parte desse montante seria direcionado à região da enseada do Morro do Careca e outra parcela seria deslocada na direção Norte, próximo à Praia de Mãe Luiza. Os peritos confirmaram que as ondas provenientes do sudeste (SE), a cerca de cinco quilômetros ao norte da enseada de Ponta Negra, são aproximadamente 40% maiores do que na área próxima ao Morro. Recomendou-se, analisando-se estes e outros pontos, um engordamento mínimo de 60 mil metros cúbicos e máximo de 180 mil metros cúbicos de areia.
Fonte: G1 RN
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