Avanço do Mar: Maré alta causa destruição em comunidades de Icapuí (CE)
Ondas fazem desabar muros, ameaçam estruturas de edificações e trazem prejuízos para o turismo
Icapuí. O avanço do mar tem preocupado moradores e empresários que vivem do turismo em várias praias do Litoral Leste. Edificações estão comprometidas e o turismo local poderá, nos próximos anos, sofrer o reflexo da mudança no comportamento das marés, que estão invadindo a costa. Em algumas praias, o turismo está abaixo da média para a época do ano.
O avanço do mar é um problema que vem afetando todo o litoral brasileiro. As principais causas estão relacionadas com as mudanças climáticas, à erosão costeira, a ocupação desordenada da orla marítima e outros fatores. No Litoral Leste do Ceará, a alta das marés tem deixado rastro de destruição, causando sérios prejuízos à população e ao turismo local.
Na praia de Redonda, pescadores explicam que o mar tem avançado rapidamente nos últimos 20 anos e que nos últimos 10, as marés estão cada vez mais violentas. A água chega próximo às casas e chalés construídos na orla, causando riscos de desabamento das edificações. Um dos empresários do setor hoteleiro, Miguel Guillen, está há 12 anos no local. Ele possui cinco chalés à beira-mar e conta que, desde que chegou, faz o monitoramento do mar. "Quando vim para cá, o mar ficava longe, tinha muita salsa aqui na frente e hoje ele já encosta perto da subida da orla. O mar avançou cerca de 1,5 a 3 metros por ano e isso tem preocupado todo mundo", lamenta.
Em um trecho da orla, a maré destruiu parte do muro de contenção e a força da água tem dizimado, aos poucos, parte do asfalto. Em fevereiro do ano passado, desmoronou parte da falésia, conhecida como Ponta de Redonda. A chuva e a forte maré foram os responsáveis pelo desabamento. Na ocasião, ninguém se feriu. Devido ao episódio, os pescadores estão apreensivos quanto aos próximos meses de janeiro e fevereiro, quandoa maré costuma se comportar de forma mais ofensiva.
"Quem tem um pedacinho de terra na serra começou a construir uma casinha lá, quem não tem fica sob as graças de Deus", afirma o pescador João de Deus, 60 anos, que conta que nunca tinha visto nada parecido.
ContençãoNa praia de Requenguela, também neste município, moradores construíram um muro de contenção para evitar que a água tomasse a rua e invadisse as casas. O morador e dono de uma barraca, Rogério Nogueira, conta que gastou cerca de R$ 2 mil para construir o muro. "Nossa sorte é que o mar daqui não tem onda. Se tivesse, não teria mais ninguém aqui", afirma. Segundo ele, o muro é uma solução temporária, já que a maré pode, a qualquer momento, derrubar a construção.
Além das construções, o avanço do mar tem prejudicado o turismo. Quem trabalha no local, diz observar a frequência da alta das marés. Há dias, o mar começa a subir por volta de 10 horas da manhã, horário em que não é adequada a exposição ao sol.
"O turista não quer vir para a praia ficar na barraca. Ele quer tomar sol, aproveitar a praia. Se não tem lugar para ficar, ele vai embora procura outras praias", lamenta Silvestre Maciel, 35 anos, que trabalha na barraca Sol Nascente, junto com a irmã.
Fonte: Diário do Nordeste
Na praia de Redonda, pescadores explicam que o mar tem avançado rapidamente nos últimos 20 anos e que nos últimos 10, as marés estão cada vez mais violentas. A água chega próximo às casas e chalés construídos na orla, causando riscos de desabamento das edificações. Um dos empresários do setor hoteleiro, Miguel Guillen, está há 12 anos no local. Ele possui cinco chalés à beira-mar e conta que, desde que chegou, faz o monitoramento do mar. "Quando vim para cá, o mar ficava longe, tinha muita salsa aqui na frente e hoje ele já encosta perto da subida da orla. O mar avançou cerca de 1,5 a 3 metros por ano e isso tem preocupado todo mundo", lamenta.
Em um trecho da orla, a maré destruiu parte do muro de contenção e a força da água tem dizimado, aos poucos, parte do asfalto. Em fevereiro do ano passado, desmoronou parte da falésia, conhecida como Ponta de Redonda. A chuva e a forte maré foram os responsáveis pelo desabamento. Na ocasião, ninguém se feriu. Devido ao episódio, os pescadores estão apreensivos quanto aos próximos meses de janeiro e fevereiro, quandoa maré costuma se comportar de forma mais ofensiva.
"Quem tem um pedacinho de terra na serra começou a construir uma casinha lá, quem não tem fica sob as graças de Deus", afirma o pescador João de Deus, 60 anos, que conta que nunca tinha visto nada parecido.
ContençãoNa praia de Requenguela, também neste município, moradores construíram um muro de contenção para evitar que a água tomasse a rua e invadisse as casas. O morador e dono de uma barraca, Rogério Nogueira, conta que gastou cerca de R$ 2 mil para construir o muro. "Nossa sorte é que o mar daqui não tem onda. Se tivesse, não teria mais ninguém aqui", afirma. Segundo ele, o muro é uma solução temporária, já que a maré pode, a qualquer momento, derrubar a construção.
Além das construções, o avanço do mar tem prejudicado o turismo. Quem trabalha no local, diz observar a frequência da alta das marés. Há dias, o mar começa a subir por volta de 10 horas da manhã, horário em que não é adequada a exposição ao sol.
"O turista não quer vir para a praia ficar na barraca. Ele quer tomar sol, aproveitar a praia. Se não tem lugar para ficar, ele vai embora procura outras praias", lamenta Silvestre Maciel, 35 anos, que trabalha na barraca Sol Nascente, junto com a irmã.
Fonte: Diário do Nordeste
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