Defesa Civil alerta sobre riscos (AM)
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O desmoronamento, no último final de semana, de um trecho de aproximadamente 500 metros do barranco do rio Madeira que recebeu uma proteção de pedras contra a erosão nas proximidades do Triângulo poderá ocorrer em outros pontos do chamado enrocamento, numa extensão de 5,6 quilômetros, e a prefeitura mandou confeccionar placas de alerta para isolar a área.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil da prefeitura, coronel Reynaldo Silva, o desmoronamento já era previsto, porque o trabalho foi realizado durante a cheia, quando não haviam condiçõs técnicas de fazer outro tipo de intervenção. “Assim que as placas de alerta estiverem prontas elas serão afixadas na margem do rio”, garante o militar. Ele pede à população que evite caminhar ou permanecer nas proximidades do barranco.
Segundo o coordenador, a Defesa Civil está retirando as balsas ancoradas na região do enrocamento, para dar espaço às embarcações carregadas com pedras que serão utilizadas pela Santo Antônio Energia (SAE) para reforçar a proteção do barranco. Coronel Reynaldo reforça que as casas atingidas pelo desbarrancamento registrado em janeiro, cujos moradores foram remanejados para hotéis da cidade, não devem ser retomadas.
Em janeiro último, as margens do rio sofreram um rápido processo de erosão com a formação de fortes banzeiros atribuídos a operações realizadas na hidrelétrica de Santo Antônio. A erosão atingiu mais de 100 casas e em maio também prejudicou as operações do porto de Porto Velho por cerca de 15 dias. Em fevereiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), determinando que a Santo Antônio Energia tomasse as providências necessárias para reparar os danos provocados pelos banzeiros.
Santo Antônio
Em nota, a Santo Antônio Energia (SAE) reafirmou que está monitorando o local. O serviço de enrocamento (colocação de rochas) foi feito numa extensão que vai pouco abaixo do local de captação de água pela Caerd até a foz do Igarapé Santa Bárbara, entre os bairros Triângulo e Cai N’Água. A empresa explica que o trabalho foi feito no período que o rio estava cheio e agora com a vazão do rio é natural essa acomodação do solo. A SAE disse ainda que não há risco às edificações.
Como medida preventiva, a empresa solicitou à Defesa Civil e à Marinha que os flutuantes e barcos atracados nas proximidades onde estava ocorrendo as acomodações de terra fossem removidos para outros locais e as áreas que apresentassem qualquer risco fossem isoladas, para evitar danos às embarcações. O trabalho foi iniciado no último domingo por uma equipe técnica que fez uma análise no local e determinou o inicio imediato dos trabalhos que já estavam previstos para a época de baixa do rio.
A SAE garante que não haverá mais acomodações abruptas na margem do rio e que até o momento a questão foi pontual. Afetou um trecho próximo ao Cai N’Água e outro próximo ao Igarapé Bate-Estaca.
O trabalho de reforço do enrocamento já começou e deve prosseguir até o final do mês de setembro, com o apoio de uma balsa quando o rio baixar ainda mais e assim possibilitar um diagnóstico preciso dos lugares onde seja necessário fazer a intervenção nessa segunda etapa. (AI)
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