Barraqueira pede apoio aos órgãos públicos (BA)

Proprietária de uma barraca, construída no litoral da cidade do Prado, pede apoio aos órgãos públicos para transferir o empreendimento para outro local, mais distantes das ondas do mar.

Mãezinha desesperada com a invasão dá água em sua casa

Conhecida como Mãezinha, ela tem em vista um lote que fica há alguns metros de onde vive com a família, há mais de 30 anos. A barraca foi construída de madeira, no final da década de 70 e, até hoje, é a principal fonte de renda do casal, que já está junto há mais de 40 anos. Da união resultaram sete filhos e sete netos. Um deles, com 24 anos, portador de deficiência auditiva profunda, também conhecida como hipoacusia ou surdez, vive com o casal de 60 e 61 anos, respectivamente, que aguarda a aposentadoria para descansar da luta que vivem, diariamente.

Momento em que a maré forte invadia a barraca de MãezinhaA força do mar está engolindo faixas de praia numa velocidade incrível, levando tudo que encontra a sua frente, derruba matas nativas e barracas. Isso ocorre a cada maré mais alta, e seus efeitos vão desde aos aspectos econômicos aos naturais. Com isso, moradores, visitantes e comerciantes, ficam sem saber o que fazer e a quem recorrer.

A comerciante disse que a força do mar vem com ondas enormes “é muito assustador, perdi muita coisa” disse desesperada.

Casal desolado com a destruição do que mantiveram por quase uma vida

Na última semana, no período de lua nova, fortes ondas invadiram a praia e inundaram a barraca de praia que serve de moradia para a família. Enquanto não entra na pauta de discussões das instituições públicas, as consequências vão aumentando e deixando estes trabalhadores assustados.

Com esta última maré alta, a barraqueira tentou proteger sua barraca, sem êxito, criando barreiras de areia para conter o avanço do mar, sem sucesso. Restou a luta de tentar tirar a água de dento de casa, nos quatro dias seguidos de luta.

Fonte: http://noticias.primeirojornal.com.br