Contenção do avanço do mar gera polêmica

Durante audiência para discussão do modelo que será adotado pelo Governo do Estado (PE), pescadores mostraram preocupação sobre o possível impacto da dragagem que irá retirar areia no Cabo de Santo Agostinho (PE) para a engorda da faixa litorânea de 19 praias da Região Metropolitana do Recife.

Foto: Fernanda Mafra/Pref.Olinda
Uma das mais importantes intervenções que ocorrerá em Pernambuco nos próximos meses foi o tema de uma audiência nesta terça-feira (10). Promovido pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o encontro discutiu os impactos das obras do Projeto de Recuperação da Orla Marítima, com área de 40 quilômetros e que envolve 19 praias em Paulista, Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes, com investimentos de R$ 350 milhões. A principal discussão versou sobre a dragagem que irá retirar areia no Cabo de Santo Agostinho para a engorda da faixa litorânea.

Ainda não haveria uma real estimativa do impacto que o processo de retirada dessa areia pode gerar na região. Um grupo de pescadores que participou do encontro ressaltou que a área onde haverá a dragagem é rica em vida animal. Eles lembraram que os principais nutrientes que alimentam os seres vêm do solo, além de haver uma grande área de manguezal próximo.

A audiência é uma etapa obrigatória do processo de licenciamento concedido pela CPRH. A partir desta fase, a agência deverá emitir uma licença prévia. Depois da emissão da licença prévia, será aberta a licitação do projeto executivo, orçado em cerca de R$ 350 milhões.

Segundo o projeto básico, serão necessários 7,6 milhões de metros cúbicos de areia para os quatro municípios. O serviço deve começar em Jaboatão dos Guararapes, que já teve o projeto executivo licitado.

Raphael Coutinho 
Fonte: PE247

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