Socorro às praias
Os elevados investimentos carreados para o Porto do Pecém contrastam com a insignificância dos recursos insistentemente defendidos para a recuperação do litoral Oeste da Região Metropolitana de Fortaleza, afetado pelo avanço das correntes marítimas.
As praias do Pacheco e Icaraí, outrora balneários bem-sucedidos, enfrentaram uma fase amarga de desvalorização de seus imóveis, tendo em vista os estragos provocados na faixa atlântica. O avanço do mar pode ser decorrência da construção dos espigões surgidos para a proteção das praias de Fortaleza.
O fenômeno teria se originado com a construção do Porto do Mucuripe, onde o espigão da Praia Mansa teria modificado as correntes marítimas. Seus efeitos foram aparecendo, em menor escala, até alcançar a Praia de Iracema, onde duas ruas desapareceram de seu traçado original. A construção dos espigões reduziram os espaços para banho, mas evitaram o agravamento da invasão marítima. O efeito cascata se transferiu para a Praia Formosa, estendendo-se pelo Arraial Moura Brasil, Jacarecanga, Cristo Redentor e Barra do Ceará. A cada muralha de pedra, construída mar adentro, o avanço das ondas se transferia, em círculos, alcançando a Praia da Colônia de Férias dos Comerciários (Cofeco).
A Federação do Comércio do Ceará, entidade mantenedora da Cofeco, contratou junto a uma instituição técnica do Rio de Janeiro, a elaboração de um projeto capaz de proteger seu patrimônio material, evitando, assim, a destruição da Cofeco. O fenômeno se transferiu, então, para os dois balneários de maior expressão turística no litoral Oeste.
Diante dos estragos provocados pelas ondas e dos malefícios causados às praias, barracas litorâneas e habitações ribeirinhas, a Prefeitura de Caucaia recuperou 1.420 metros da faixa litorânea com a aplicação do "bagwall", moderna técnica de contenção com fórmula semelhante a uma arquibancada.
De baixo custo e de eficácia comprovada, o "bagwall" dissipa a energia da onda e evita o avanço do mar para outras regiões, como ocorre com os espigões implantados. Diante dos resultados animadores, a administração municipal de Caucaia propôs ao Ministério da Integração Nacional a liberação de R$ 30 milhões para estender esta solução pelo raio de 15 quilômetros, entre as praias de Iparana e Tabuba. Desse modo, o problema da destruição das praias estaria equacionado pelo menos na faixa litorânea de Caucaia já agravada pelo fenômeno. Entretanto, as restrições orçamentárias do governo federal estão limitando a liberação dos recursos. O aceno é de apenas R$ 10 milhões para continuidade das obras no trecho de 1.600 metros, dando continuidade à faixa inicialmente contemplada.
A Praia do Icaraí está servindo como polo residencial para boa parte dos técnicos deslocados para as obras do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A escolha decorre da oferta de habitações tanto para compra como para aluguel e serviços como supermercado farmácia, restaurantes e hotéis. A construção do barra-mar representa um empreendimento prioritário, diante dos estragos proporcionados na faixa atlântica. O adiamento das obras poderá representar custo muito maior quando, de fato, surgirem os recursos federais para a sua cobertura. Com um projeto mais oneroso, a praia de Flexeiras conseguiu evitar a destruição de seu núcleo urbano, num menor raio de ação. Como o movimento das marés é contínuo, a proteção das praias se torna cada vez mais urgente.
As praias do Pacheco e Icaraí, outrora balneários bem-sucedidos, enfrentaram uma fase amarga de desvalorização de seus imóveis, tendo em vista os estragos provocados na faixa atlântica. O avanço do mar pode ser decorrência da construção dos espigões surgidos para a proteção das praias de Fortaleza.
O fenômeno teria se originado com a construção do Porto do Mucuripe, onde o espigão da Praia Mansa teria modificado as correntes marítimas. Seus efeitos foram aparecendo, em menor escala, até alcançar a Praia de Iracema, onde duas ruas desapareceram de seu traçado original. A construção dos espigões reduziram os espaços para banho, mas evitaram o agravamento da invasão marítima. O efeito cascata se transferiu para a Praia Formosa, estendendo-se pelo Arraial Moura Brasil, Jacarecanga, Cristo Redentor e Barra do Ceará. A cada muralha de pedra, construída mar adentro, o avanço das ondas se transferia, em círculos, alcançando a Praia da Colônia de Férias dos Comerciários (Cofeco).
A Federação do Comércio do Ceará, entidade mantenedora da Cofeco, contratou junto a uma instituição técnica do Rio de Janeiro, a elaboração de um projeto capaz de proteger seu patrimônio material, evitando, assim, a destruição da Cofeco. O fenômeno se transferiu, então, para os dois balneários de maior expressão turística no litoral Oeste.
Diante dos estragos provocados pelas ondas e dos malefícios causados às praias, barracas litorâneas e habitações ribeirinhas, a Prefeitura de Caucaia recuperou 1.420 metros da faixa litorânea com a aplicação do "bagwall", moderna técnica de contenção com fórmula semelhante a uma arquibancada.
De baixo custo e de eficácia comprovada, o "bagwall" dissipa a energia da onda e evita o avanço do mar para outras regiões, como ocorre com os espigões implantados. Diante dos resultados animadores, a administração municipal de Caucaia propôs ao Ministério da Integração Nacional a liberação de R$ 30 milhões para estender esta solução pelo raio de 15 quilômetros, entre as praias de Iparana e Tabuba. Desse modo, o problema da destruição das praias estaria equacionado pelo menos na faixa litorânea de Caucaia já agravada pelo fenômeno. Entretanto, as restrições orçamentárias do governo federal estão limitando a liberação dos recursos. O aceno é de apenas R$ 10 milhões para continuidade das obras no trecho de 1.600 metros, dando continuidade à faixa inicialmente contemplada.
A Praia do Icaraí está servindo como polo residencial para boa parte dos técnicos deslocados para as obras do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A escolha decorre da oferta de habitações tanto para compra como para aluguel e serviços como supermercado farmácia, restaurantes e hotéis. A construção do barra-mar representa um empreendimento prioritário, diante dos estragos proporcionados na faixa atlântica. O adiamento das obras poderá representar custo muito maior quando, de fato, surgirem os recursos federais para a sua cobertura. Com um projeto mais oneroso, a praia de Flexeiras conseguiu evitar a destruição de seu núcleo urbano, num menor raio de ação. Como o movimento das marés é contínuo, a proteção das praias se torna cada vez mais urgente.
Fonte: Diário do Nordeste
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