Retirada “planejada” face aos avanços do mar - Portugal
Alto Minho - Trata-se de uma posição em convergência com Francisco Ferreira, vice-presidente da associação ambientalista Quercus que considera estar, em muitos casos, a “atirar-se dinheiro ao mar”.
“Temos que ter noção de que há perigos em localizações junto à costa e temos que planear retiradas, programadas, em algumas zonas. Essa é uma estratégia a médio prazo que importa seguir”, afirmou António Guerreiro de Brito. O presidente da ARHN falava aos jornalistas durante a visita a Castelo de Neiva, em Viana do Castelo, onde ontem arrancou uma obra de “colmatação de uma urgência”, para recomposição do cordão dunar destruído nos últimos dias pelo mar, colocando em risco três habitações.
“É preciso uma estratégia compreensiva no sentido de, em certas zonas, podermos fazer de forma calma e ponderada, algum tipo de retirada [de habitações]. Podemos fazer obras de mitigação e de urgência, mas temos de saber adaptar-nos às novas realidades”, acrescentou.
Deu como exemplo dessa retirada o caso de Castelo de Neiva, onde as habitações se encontram junto à duna, “entre outras”, na região Norte.
Intervenção de 190 mil euros arrancou em Castelo de Neiva
“Faço um apelo para que se identifiquem os perigos e se avance com uma política antecipativa do problema, com uma abordagem construtiva e calma”, defendeu ainda.
A intervenção que ontem arrancou em Castelo de Neiva vai custar à ARHN 190 mil euros e prevê a criação de uma protecção frontal com enrocamento de pedra de quatro a seis toneladas, numa extensão de 80 metros.
Será igualmente reposta a duna na parte posterior da mesma protecção frontal, sendo que a obra “deverá estar concluída no final do ano”.
Antecipar os problemas
"O dinheiro é escasso e por ser escasso é que precisamos de ter uma abordagem antecipativa aos problemas, para que haja uma ponderação custo/benefício das intervenções”, disse ainda António Guerreiro de Brito.
Uma candidatura de emergência ao POVT foi aprovada ontem [quinta-feira] pelo senhor secretário de Estado e nós vamos submetê-la”, disse António Gonçalves de Brito.
Moledo: duna primária destruída em parte
No início de Novembro, o mar destruiu parte da duna primária da praia de Moledo, poucos metros a norte de uma zona já afectada este ano, pela subida das águas, e ameaça o Pinhal do Camarido, uma área protegida do concelho de Caminha.
A intervenção está avaliada em cerca de 350 mil euros e, segundo garantiu António Guerreiro, será objecto de uma candidatura ao Plano Operacional de Valorização do Território e ao Fundo de Protecção de Recursos Hídricos, com o título de “urgência”, para avançar rapidamente.
Apesar de, “para já”, não estarem casas em risco, o presidente da junta de freguesia de Moledo, Joaquim Seixo, garante que a situação “é bastante complicada”, já que o mar “galgou a duna”.
“O mar está a investir fortemente naquela zona, a duna primária está quase desfeita. Estamos a registar uma erosão bastante acentuada”, sublinhou o autarca de Moledo.
Esta situação acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local onde no mês de Fevereiro uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.
Na altura, a junta de Moledo, proprietária do edifício, colocou pedras para suportar os alicerces do moinho, mas a intervenção de fundo na praia, que face ao avanço do mar ficou reduzida a cerca de metade da sua extensão, deveria acontecer em Setembro
“Temos que ter noção de que há perigos em localizações junto à costa e temos que planear retiradas, programadas, em algumas zonas. Essa é uma estratégia a médio prazo que importa seguir”, afirmou António Guerreiro de Brito. O presidente da ARHN falava aos jornalistas durante a visita a Castelo de Neiva, em Viana do Castelo, onde ontem arrancou uma obra de “colmatação de uma urgência”, para recomposição do cordão dunar destruído nos últimos dias pelo mar, colocando em risco três habitações.
“É preciso uma estratégia compreensiva no sentido de, em certas zonas, podermos fazer de forma calma e ponderada, algum tipo de retirada [de habitações]. Podemos fazer obras de mitigação e de urgência, mas temos de saber adaptar-nos às novas realidades”, acrescentou.
Deu como exemplo dessa retirada o caso de Castelo de Neiva, onde as habitações se encontram junto à duna, “entre outras”, na região Norte.
Intervenção de 190 mil euros arrancou em Castelo de Neiva
“Faço um apelo para que se identifiquem os perigos e se avance com uma política antecipativa do problema, com uma abordagem construtiva e calma”, defendeu ainda.
A intervenção que ontem arrancou em Castelo de Neiva vai custar à ARHN 190 mil euros e prevê a criação de uma protecção frontal com enrocamento de pedra de quatro a seis toneladas, numa extensão de 80 metros.
Será igualmente reposta a duna na parte posterior da mesma protecção frontal, sendo que a obra “deverá estar concluída no final do ano”.
Antecipar os problemas
"O dinheiro é escasso e por ser escasso é que precisamos de ter uma abordagem antecipativa aos problemas, para que haja uma ponderação custo/benefício das intervenções”, disse ainda António Guerreiro de Brito.
Uma candidatura de emergência ao POVT foi aprovada ontem [quinta-feira] pelo senhor secretário de Estado e nós vamos submetê-la”, disse António Gonçalves de Brito.
Moledo: duna primária destruída em parte
No início de Novembro, o mar destruiu parte da duna primária da praia de Moledo, poucos metros a norte de uma zona já afectada este ano, pela subida das águas, e ameaça o Pinhal do Camarido, uma área protegida do concelho de Caminha.
A intervenção está avaliada em cerca de 350 mil euros e, segundo garantiu António Guerreiro, será objecto de uma candidatura ao Plano Operacional de Valorização do Território e ao Fundo de Protecção de Recursos Hídricos, com o título de “urgência”, para avançar rapidamente.
Apesar de, “para já”, não estarem casas em risco, o presidente da junta de freguesia de Moledo, Joaquim Seixo, garante que a situação “é bastante complicada”, já que o mar “galgou a duna”.
“O mar está a investir fortemente naquela zona, a duna primária está quase desfeita. Estamos a registar uma erosão bastante acentuada”, sublinhou o autarca de Moledo.
Esta situação acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local onde no mês de Fevereiro uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.
Na altura, a junta de Moledo, proprietária do edifício, colocou pedras para suportar os alicerces do moinho, mas a intervenção de fundo na praia, que face ao avanço do mar ficou reduzida a cerca de metade da sua extensão, deveria acontecer em Setembro
Fonte: http://www.correiodominho.com
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