Atalaia Nova: possibilidade de ressaca divide opiniões
Governo continua injetando pedras para impedir avanços do mar
Previsões climáticas
Por Cássia Santana
Atalaia Nova: muralha de pedra para prevenir avanço do mar (Fotos: Cássia Santana /Portal Infonet) |
Apesar da aparente tranquilidade, o clima é de apreensão entre os moradores e comerciantes instalados na Praia de Atalaia. Uns temem uma nova ressaca do mar e outros não veem motivos para preocupação uma vez que o mar tem se comportado com aparente tranquilidade.
As máquinas contratadas pelo Governo do Estado continuam trabalhando na Atalaia Nova na tentativa de formar uma muralha de pedra para impedir que as águas atinjam as residências construídas à beira-mar. A muralha, segundo previsões da empresa responsável pela obra, poderá atingir extensão aproximada entre 500 e 600 metros, com a possibilidade de chegar a uma altura de três metros com oito metros de largura. “É um trabalho que demora porque a gente só trabalha quando a maré está baixa”, informa o operador de máquina Paulo Ataíde dos Santos. Os serviços andam, mas ainda não há previsão para a conclusão.
Em função da última ressaca do mar ocorrida em agosto, há comerciantes que até mudaram de atividade. A aposentada Gedalva Bispo, que completava a renda com o funcionamento do bar, é uma dessas senhoras que fechou o estabelecimento em função da ressaca do mar. A frente do imóvel onde funcionava a casa comercial está coberta por pedras. A alternativa de renda deve ser substituída com a ideia de ampliar o imóvel e transformar parte dele em casas de aluguel. Com apoio dos filhos, a obra está praticamente acabada.
As máquinas contratadas pelo Governo do Estado continuam trabalhando na Atalaia Nova na tentativa de formar uma muralha de pedra para impedir que as águas atinjam as residências construídas à beira-mar. A muralha, segundo previsões da empresa responsável pela obra, poderá atingir extensão aproximada entre 500 e 600 metros, com a possibilidade de chegar a uma altura de três metros com oito metros de largura. “É um trabalho que demora porque a gente só trabalha quando a maré está baixa”, informa o operador de máquina Paulo Ataíde dos Santos. Os serviços andam, mas ainda não há previsão para a conclusão.
Em função da última ressaca do mar ocorrida em agosto, há comerciantes que até mudaram de atividade. A aposentada Gedalva Bispo, que completava a renda com o funcionamento do bar, é uma dessas senhoras que fechou o estabelecimento em função da ressaca do mar. A frente do imóvel onde funcionava a casa comercial está coberta por pedras. A alternativa de renda deve ser substituída com a ideia de ampliar o imóvel e transformar parte dele em casas de aluguel. Com apoio dos filhos, a obra está praticamente acabada.
Gilvan Bispo: pedreiro nas horas de folga para ajudar família |
“Renda com o turismo aqui acabou”, conceitua Gilvan Bispo, um policial militar filho da comerciante que, nas horas vagas, arregaça as mangas e põe a mão na massa, na condição de pedreiro, para prosseguir a obra com a perspectiva de contribuir com o aumento da renda da família. Na família, o sentimento com a obra do Governo é de otimismo, apesar dos prejuízos registrados desde o mês de agosto. “Esperamos que esta obra seja concluída como prevista, com a construção do caís para evitar que as águas invadam nossa casa”, disse.
Os outros filhos também não escondem o otimismo com a muralha que está sendo construída naquela área. “Acho que vai melhorar sim. Pela altura que estão colocando as pedras, vai reter a força do mar”, comenta a professora Josineide Bispo da Conceição, uma das filhas de D. Gedalva, que reside com a mãe.
Os outros filhos também não escondem o otimismo com a muralha que está sendo construída naquela área. “Acho que vai melhorar sim. Pela altura que estão colocando as pedras, vai reter a força do mar”, comenta a professora Josineide Bispo da Conceição, uma das filhas de D. Gedalva, que reside com a mãe.
Pedra sobre pedra para proteger residências |
Já na Praia da Costa, a situação é mais tranquilizadora. Os comerciantes não acreditam que o mar avance ao ponto de destruir os estabelecimentos erguidos na orla. “Tem momentos que o mar chega aqui na calçada, mas agora não”, comenta a comerciante Rosângela Maria Silva Porto, otimista com o movimento turístico previsto para este verão naquela área.
Previsões climáticas
As previsões climáticas são conflitantes. Por um lado, o Centro de Meteorologia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Cemese/Semarh) prevê ondas que podem chegar a uma altura de três metros em alto mar, com a perspectiva de atingir a casa dos 2,5 metros na costa sergipana e possibilidade de ocorrência de ressaca do mar. No entanto, em potencial bem inferior àquele ocorrido em agosto que causou devastação e prejuízos a moradores e comerciantes da Atalaia Nova.
Josineide Bispo: otimismo e esperança |
O meteorologista Overland Amaral, coordenador do Centro de Meteorologia da Semarh, revela que as ondas mais intensas acontecerão entre os dias 2, 3 e 4 de janeiro, o que poderá causar uma nova ressaca do mar. No entanto, com menor impacto uma vez que a maré, segundo analisa, está declinando. “Mas não quer dizer que não haverá impactos”, alerta.
Já a Marinha não vê este cenário. De acordo com informações da Capitania dos Portos de Sergipe, a Marinha do Brasil ainda não se manifestou porque não vê mudanças radicais e que as previsões indicam estabilidade no cenário, sem aviso da ocorrência de ressaca do mar.
A previsão da Capitania dos Portos é que o quadro se mantenha inalterado com ondas entre um metro e dois metros de altura e ventos Leste/Nordeste de ¾, o que é classificado como normal.
O meteorologista Overland Amaral revela que as informações são geradas por modelos numéricos calculados para ondas oceânicas e que são atualizadas diariamente a cada 24 horas. Ele confirma que o litoral Sul do Estado está sujeito a chegadas de ondas com até 2,5 metros de altura, na costa, com maior intensidade no dia 2, e que no restante do litoral sergipano, até o Estado de Alagoas, as ondas poderão atingir 2 metros de altura.
Já a Marinha não vê este cenário. De acordo com informações da Capitania dos Portos de Sergipe, a Marinha do Brasil ainda não se manifestou porque não vê mudanças radicais e que as previsões indicam estabilidade no cenário, sem aviso da ocorrência de ressaca do mar.
A previsão da Capitania dos Portos é que o quadro se mantenha inalterado com ondas entre um metro e dois metros de altura e ventos Leste/Nordeste de ¾, o que é classificado como normal.
O meteorologista Overland Amaral revela que as informações são geradas por modelos numéricos calculados para ondas oceânicas e que são atualizadas diariamente a cada 24 horas. Ele confirma que o litoral Sul do Estado está sujeito a chegadas de ondas com até 2,5 metros de altura, na costa, com maior intensidade no dia 2, e que no restante do litoral sergipano, até o Estado de Alagoas, as ondas poderão atingir 2 metros de altura.
Por Cássia Santana
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