Ideias contra o avanço do mar.
Estudantes de universidade holandesa defendem a engorda da praia como alternativa à erosão costeira em Boa Viagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Nos dois últimos meses, cinco alunos de mestrado em engenharia costeira da Delft University of Technology (TUDelft), na Holanda, pesquisaram a erosão marinha na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O resultado dos estudos e as alternativas que eles sugerem para conter o problema serão divulgadas na manhã desta sexta-feira (2), em seminário no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Uma solução indicada pelo grupo é a engorda da praia, com reposição da areia perdida.
Os estudantes da universidade holandesa apresentaram duas alternativas para a erosão costeira em Boa Viagem: apenas a engorda da praia e o aumento da faixa de areia associado à construção de quebra-mares. Depois de analisar cerca de 20 variáveis, decidiram pela primeira opção. O custo da construção do quebra-mar é alto quando comparado com o benefício que traria para a praia, explicam. Todos são formados em engenharia civil.
Eles levaram em conta o tipo de praia, a durabilidade do serviço, a defesa proporcionada pelos quebra-mares, o impacto na paisagem e a segurança para os banhistas com a presença de pedras na praia entre outras variáveis. "A análise multicriterial faz a diferença na hora de executar a obra", destaca o oceanólogo Pedro Pereira, professor da UFPE. Proteção da costa, acrescenta o docente, é prioridade na Holanda.
De acordo com o grupo, as pedras colocadas pela prefeitura no trecho de Boa Viagem que sofre com a erosão funcionam perfeitamente para manter a linha de costa e proteger a via pública. Mas não impedem a erosão e não preservam a praia. Como o problema continua existindo, o paredão de pedras (enrocamento) tende a ficar cada vez maior, observam os estudante.
A equipe formada pelos engenheiros Ali Tarigheh, Baris Kibrit, Rashied Imamboks, Sagar Muugar e Marc Anthony Anys veio ao Recife desenvolver projeto para uma das disciplinas do curso, graças a um convênio entre a UFPE e a TUDelft. O prazo para o trabalho é de dois meses e eles retornam à Holanda na próxima semana. A cidade foi sugerida pelo professor da disciplina.
Depois de visitar o litoral de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista, municípios com erosão costeira acentuada, decidiram focar a pesquisa em Boa Viagem. O Seminário sobre erosão e proteção costeira: situação atual, erros do passado e soluções para o futuro será realizado das 8h30 às 12h, na Cidade Universitária.
Espigão, quebra-mar e engorda de praia foram apontados pela empresa Coastal Planning & Engineering do Brasil como soluções para a proteção costeira, recuperação da orla e recomposição das praias de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista. O governo contratou a empresa para fazer o estudo e divulgou o trabalho em maio último. São obras caras e que atravessarão gestões.
Ontem, em função das marés altas registradas esta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade disse que contratou o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) para elaborar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de obras para contenção do avanço do mar. O documento deve ficar pronto até o fim novembro e haverá audiências públicas nesses quatro municípios, em dezembro. Com isso, a secretaria espera reduzir em 90 dias o cronograma das obras.
Os estudantes da universidade holandesa apresentaram duas alternativas para a erosão costeira em Boa Viagem: apenas a engorda da praia e o aumento da faixa de areia associado à construção de quebra-mares. Depois de analisar cerca de 20 variáveis, decidiram pela primeira opção. O custo da construção do quebra-mar é alto quando comparado com o benefício que traria para a praia, explicam. Todos são formados em engenharia civil.
Eles levaram em conta o tipo de praia, a durabilidade do serviço, a defesa proporcionada pelos quebra-mares, o impacto na paisagem e a segurança para os banhistas com a presença de pedras na praia entre outras variáveis. "A análise multicriterial faz a diferença na hora de executar a obra", destaca o oceanólogo Pedro Pereira, professor da UFPE. Proteção da costa, acrescenta o docente, é prioridade na Holanda.
De acordo com o grupo, as pedras colocadas pela prefeitura no trecho de Boa Viagem que sofre com a erosão funcionam perfeitamente para manter a linha de costa e proteger a via pública. Mas não impedem a erosão e não preservam a praia. Como o problema continua existindo, o paredão de pedras (enrocamento) tende a ficar cada vez maior, observam os estudante.
A equipe formada pelos engenheiros Ali Tarigheh, Baris Kibrit, Rashied Imamboks, Sagar Muugar e Marc Anthony Anys veio ao Recife desenvolver projeto para uma das disciplinas do curso, graças a um convênio entre a UFPE e a TUDelft. O prazo para o trabalho é de dois meses e eles retornam à Holanda na próxima semana. A cidade foi sugerida pelo professor da disciplina.
Depois de visitar o litoral de Jaboatão dos Guararapes, Recife, Olinda e Paulista, municípios com erosão costeira acentuada, decidiram focar a pesquisa em Boa Viagem. O Seminário sobre erosão e proteção costeira: situação atual, erros do passado e soluções para o futuro será realizado das 8h30 às 12h, na Cidade Universitária.
Espigão, quebra-mar e engorda de praia foram apontados pela empresa Coastal Planning & Engineering do Brasil como soluções para a proteção costeira, recuperação da orla e recomposição das praias de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista. O governo contratou a empresa para fazer o estudo e divulgou o trabalho em maio último. São obras caras e que atravessarão gestões.
Ontem, em função das marés altas registradas esta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade disse que contratou o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) para elaborar o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) de obras para contenção do avanço do mar. O documento deve ficar pronto até o fim novembro e haverá audiências públicas nesses quatro municípios, em dezembro. Com isso, a secretaria espera reduzir em 90 dias o cronograma das obras.
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